Vi o jogo contra a Holanda num lugar cheio de gente. Muitos jovens espalhados pelas mesas, alegres, profundamente alegres, antes do jogo. Havia no recinto pelo menos dois desses instrumentos cujo nome me soa vagamente pornográfico, as tais vuvuzelas. Os instrumentistas, que tinham por objetivo arrebentar meus tímpanos de qualquer maneira, se ocultavam estrategicamente pelo ambiente e eu não conseguia identificá-los. Não que isso pudesse fazer alguma diferença. Provavelmente me limitaria a lhes lançar um olhar de desprezo que eles, com toda certeza, ignorariam e voltariam a fazer soar suas vuvuzelas. O fato é que tudo ia bem, o Brasil marcou e o caminho para a semi final estava aberto. O que me chamava a atenção, porém, era o incrível ardor patriótico dos jovens da torcida. Vibravam como não me lembro de ter visto algo semelhante em nenhuma Copa anterior. Se desesperavam, gritavam alucinados, possessos.
Quando o Brasil marcou foi uma loucura. E a alegria continuou até o fim do primeiro tempo. No segundo, como todos sabem, foi só sofrimento. A garotada em meu redor estava indo quase às lágrimas, roía as unhas, perto de arrancar os cabelos. Finalmente, o pior. O juiz apita e o Brasil estava fora da Copa. Pensei em sair rapidamente do ambiente para não presenciar cenas que poderiam me incomodar, de choro convulsivo para cima. Dei graças a Deus por nada estar acontecendo.
Pensei que era apenas o primeiro momento do choque e que logo depois viriam as lamentações e, quem sabe, as tragédias pelo desgosto e pela desilusão. Fui caminhando pela rua, cheguei à Paulista e nas aglomerações que vi ainda não havia nada de tão alarmante. Desci para o centro e decidi almoçar.
No restaurante, calmo e tranquilo, nenhum vestígio do jogo. Os garçons pareciam em outro país. De repente, entram duas pessoas vestidas com as cores da seleção. Estranhamente não pareciam muito devastadas. Fiquei observando-as durante o almoço e vi que comiam com grande apetite, conversando animadamente. Não fossem os uniformes e em nada lembrariam os fanáticos torcedores das vuvuzelas.
Saí à rua depois do almoço e comecei a caminhar. Nos bares, as pessoas se aglomeravam tomando suas cervejas e dando risadas. Uma hora depois de o Brasil perder da Holanda tudo parecia esquecido e, no centro de São Paulo, havia a paz de um dia de sol, de inverno ameno, com as pessoas gozando o clima. Onde tinha ido parar aquele fervor patriótico?
Comecei a pensar sobre o brasileiro à luz do que via diante de mim. Pessoas ainda vestidas com as cores nacionais bebericando e papeando descontraidamente. E então algo me passou pela cabeça. Eu tinha tomado por patriotismo uma outra coisa. Não era patriotismo, era apenas a alegria de um dia de feriado, em que ninguém ia trabalhar. Claro, havia a seleção, bem entendido. Mas não era importante. O importante era não ir ao trabalho e poder zanzar alegremente pelas ruas e gozar da tarde de céu azul. Pensei, e fiquei orgulhoso disso, que nossa vocação nacional não é para ser uma potência. Não é para entrar no clube dos poderosos da Terra, mas para ser feliz.
E, afinal, o que é a felicidade senão vagabundear tranquilamente, sem pensar em coisas que só complicam a existência e fazem mal ao fígado? Dunga já era passado distante uma hora depois da derrota.
sábado, 3 de julho de 2010
Nadal, a um passo de repetir melhor ano da carreira
Rafael Nadal está convencido a igualar nesta temporada seus resultados de 2008, ano em que chegou ao posto de número 1 do mundo e provou para o mito Roger Federer que poderia assombrá-lo em qualquer superfície. Depois de recuperar a coroa de Roland Garros, o espanhol hoje, às 10 horas (de Brasília), tem a chance de conquistar sua segunda taça de Wimbledon. Tomas Berdych é o único que ainda pode detê-lo na empreitada.
"Não gosto muito de fazer comparações", diz Nadal, que curte mesmo é estar em quadra e não falando. "Cada ano é completamente diferente. Mas, para mim, é incrível estar na final. A vitória sobre o (britânico Andy) Murray na semifinal foi uma das mais difíceis da minha carreira."
Nadal foi o único a ter o privilégio de bater Federer na final de Wimbledon, exatamente em 2008. Agora poderá tornar-se o único espanhol a conquistar dois títulos na grama do All England Club ? o único compatriota a deter um troféu é Manolo Santana, em 1966. Seria, ainda aos 24 anos de idade, seu oitavo título de Grand Slam ? o recorde pertence ao suíço, 16 taças.
Ano passado o espanhol que agora parece imbatível nem sequer jogou em Wimbledon. Uma tendinite nos joelhos impediu-lhe de defender o título em Londres e prejudicou a segunda metade de sua temporada. "É muito especial quando você passa por momentos difíceis e consegue retornar ao topo, mais saboroso."
Só que o checo Berdych, que já bateu Federer em Wimbledon este ano, faz sua primeira final de Grand Slam ? estreou em semifinais recentemente, um mês atrás, em Roland Garros. Definitivamente, não está disposto a perder a oportunidade de se consagrar com vitórias sobre os dois maiores mitos da atualidade na grama. "Vou tentar fazer o mesmo que fiz contra o Federer", afirmou. "Ainda tenho muito a mostrar no último jogo."
"Não gosto muito de fazer comparações", diz Nadal, que curte mesmo é estar em quadra e não falando. "Cada ano é completamente diferente. Mas, para mim, é incrível estar na final. A vitória sobre o (britânico Andy) Murray na semifinal foi uma das mais difíceis da minha carreira."
Nadal foi o único a ter o privilégio de bater Federer na final de Wimbledon, exatamente em 2008. Agora poderá tornar-se o único espanhol a conquistar dois títulos na grama do All England Club ? o único compatriota a deter um troféu é Manolo Santana, em 1966. Seria, ainda aos 24 anos de idade, seu oitavo título de Grand Slam ? o recorde pertence ao suíço, 16 taças.
Ano passado o espanhol que agora parece imbatível nem sequer jogou em Wimbledon. Uma tendinite nos joelhos impediu-lhe de defender o título em Londres e prejudicou a segunda metade de sua temporada. "É muito especial quando você passa por momentos difíceis e consegue retornar ao topo, mais saboroso."
Só que o checo Berdych, que já bateu Federer em Wimbledon este ano, faz sua primeira final de Grand Slam ? estreou em semifinais recentemente, um mês atrás, em Roland Garros. Definitivamente, não está disposto a perder a oportunidade de se consagrar com vitórias sobre os dois maiores mitos da atualidade na grama. "Vou tentar fazer o mesmo que fiz contra o Federer", afirmou. "Ainda tenho muito a mostrar no último jogo."
Dois argentinos cotados para assumir a seleção
O Japão parece estar atrás de um toque portenho para a seleção. Segundo o jornal Nikkan Sports, dois treinadores argentinos são os mais cotados para assumir o lugar de Takeshi Okada após a eliminação nas oitavas, frente ao Paraguai: José Pekerman (foto), que comandou a Argentina em 2006, e Marcelo Bielsa. Este, no entanto, está mais longe: os chilenos já fazem campanha para que ele permaneça, após levar a seleção às oitavas nesta Copa.
Maradona: ''Foi o dia mais duro de minha vida''
Na carreira de jogador, Maradona passou por todos os momentos de vitória e derrota. Na vida particular, esteve perto da morte, por causa do uso de drogas. Ontem, "El Diez" sofreu mais um revés importante. Maradona estava arrasado na entrevista coletiva após a derrota para a Alemanha por 4 a 0, no Green Point Stadium, na Cidade do Cabo.
O técnico da seleção argentina era o retrato da decepção. "Perto dos 50 anos (completa em 30 de outubro), sinto este momento como um soco de Muhammad Ali. Sinto por tudo o que construímos neste período juntos. Estou decepcionado como todos os argentinos."
Maradona revelou que pouco se falou no vestiário, após o jogo. "Era só tristeza." O treinador se exaltou quando perguntado se alguém na Argentina poderia estar feliz com a derrota da seleção. "Você está fazendo pressão? Está me pressionando", perguntou ao repórter. "Não acho que algum argentino possa ter gostado de ver a seleção perder."
O técnico argentino revelou que o gol logo aos três minutos de jogo quebrou o esquema preparado para a partida. "O resultado do jogo não representa o que verdadeiramente aconteceu em campo. Tínhamos todos os pontos marcados para as bolas paradas, pois sabíamos que era um ponto forte da Alemanha. Mas aquele gol...", disse, referindo-se ao primeiro, de Müller.
Mesmo assim, Maradona encontrou feitos positivos de sua equipe neste Mundial. "Não concretizamos um sonho, mas encontramos um caminho. Esse é o verdadeiro futebol argentino, jogado para a frente, que toca bem a bola. Estou convencido de que esse é o jeito certo de se jogar. Não se pode analisar apenas por um dia em que tudo de ruim aconteceu." Pouco depois, Dieguito disse que "no futebol atual, o coletivo supera o individualismo", o que explica, segundo ele, o mau futebol apresentado por estrelas como Kaká, Cristiano Ronaldo e Rooney.
Sobre o desempenho de Messi, Maradona questionou que ele tenha ido mal. "Por que Messi não fez um gol? Por que a bola subiu ou o goleiro foi o melhor em campo." O treinador defendeu seu craque e não admitiu críticas. "Ele fez uma grande Copa. É estúpido dizer que ele não quer estar aqui, jogando por seu país. Isso acabou no futebol argentino. Hoje os jogadores podem estar milionários, mas atuam por amor. Não há mistérios ou brigas dentro do elenco."
Ao contrário de Dunga, que entregou o cargo poucos minutos depois da eliminação para a Holanda, Maradona deu a entender que deve permanecer no comando da seleção. "Preciso conversar com minha família e com os jogadores." Se depender do apoio do capitão Mascherano, ele continua. "Não há motivos para mudar." Tevez concorda: "Ele tem de continuar."
O técnico da seleção argentina era o retrato da decepção. "Perto dos 50 anos (completa em 30 de outubro), sinto este momento como um soco de Muhammad Ali. Sinto por tudo o que construímos neste período juntos. Estou decepcionado como todos os argentinos."
Maradona revelou que pouco se falou no vestiário, após o jogo. "Era só tristeza." O treinador se exaltou quando perguntado se alguém na Argentina poderia estar feliz com a derrota da seleção. "Você está fazendo pressão? Está me pressionando", perguntou ao repórter. "Não acho que algum argentino possa ter gostado de ver a seleção perder."
O técnico argentino revelou que o gol logo aos três minutos de jogo quebrou o esquema preparado para a partida. "O resultado do jogo não representa o que verdadeiramente aconteceu em campo. Tínhamos todos os pontos marcados para as bolas paradas, pois sabíamos que era um ponto forte da Alemanha. Mas aquele gol...", disse, referindo-se ao primeiro, de Müller.
Mesmo assim, Maradona encontrou feitos positivos de sua equipe neste Mundial. "Não concretizamos um sonho, mas encontramos um caminho. Esse é o verdadeiro futebol argentino, jogado para a frente, que toca bem a bola. Estou convencido de que esse é o jeito certo de se jogar. Não se pode analisar apenas por um dia em que tudo de ruim aconteceu." Pouco depois, Dieguito disse que "no futebol atual, o coletivo supera o individualismo", o que explica, segundo ele, o mau futebol apresentado por estrelas como Kaká, Cristiano Ronaldo e Rooney.
Sobre o desempenho de Messi, Maradona questionou que ele tenha ido mal. "Por que Messi não fez um gol? Por que a bola subiu ou o goleiro foi o melhor em campo." O treinador defendeu seu craque e não admitiu críticas. "Ele fez uma grande Copa. É estúpido dizer que ele não quer estar aqui, jogando por seu país. Isso acabou no futebol argentino. Hoje os jogadores podem estar milionários, mas atuam por amor. Não há mistérios ou brigas dentro do elenco."
Ao contrário de Dunga, que entregou o cargo poucos minutos depois da eliminação para a Holanda, Maradona deu a entender que deve permanecer no comando da seleção. "Preciso conversar com minha família e com os jogadores." Se depender do apoio do capitão Mascherano, ele continua. "Não há motivos para mudar." Tevez concorda: "Ele tem de continuar."
Serena garante o tetra em Wimbledon
Depois do 5.º título do Aberto da Austrália, em janeiro, Serena Williams garantiu mais um Grand Slam em 2010. Ontem, a americana de 28 anos se tornou tetracampeã do Torneio de Wimbledon, ao vencer com facilidade a russa Vera Zvonareva por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2.
A líder do ranking feminino passou a ser 6.ª maior vencedora de Grand Slams da história ? conquistou 13, tendo triunfado cinco vezes em Melbourne, superando a compatriota Billie Jean King, com 12. "É, Billie, te alcancei!", brincou Serena, falando para a ex-tenista que assistiu o jogo na tribuna real ? a amiga devolveu com um sorriso e um tchauzinho. "É notável estar na companhia de tantas grandes jogadoras. E 13 é o meu número de sorte." Serena ainda venceu o US Open em três oportunidades e ganhou Roland Garros uma vez.
Cabeça de chave número um do torneio, Serena precisou de apenas 67 minutos para arrasar sua rival. Mais uma vez, demonstrou porque é considerada uma das melhores tenistas de todos os tempos. A americana fez nove aces e quebrou três vezes o saque da rival russa. Em sete jogos, não perdeu um único set. Mais impressionante do que nunca em seus fortes saques, Serena conseguiu um total de 89 aces, recorde no torneio, alguns com velocidade superior a 200 km por hora. "Acho que nunca saquei tão bem", admitiu, orgulhosa. "Mas, a cada vez que piso nesta quadra de grama, meu saque melhora."
Já Zvonareva, que disputou sua primeira final de Grand Slam, não conseguiu repetir as boas atuações como as que garantiram as vitórias diante da sérvia Jelena Jankovic e da belga Kim Clijsters. "De fato, não pude fazer o meu melhor porque Serena simplesmente não permitiu", admitiu a russa de 25 anos, que, mesmo com a derrota, voltará a fazer parte do top 10 da ATP ? ela deve assumir a 9.ª colocação.
Presentinho. Serena usou uma gargantilha da irmã Venus, eliminada nas quartas. O adereço foi uma espécie de amuleto. Pela primeira vez, Serena derrotou uma adversária na final em Wimbledon que não fosse sua irmã mais velha. "Ela me emprestou para que eu vencesse. Agora não sei se eu quero devolver..." A vitória de ontem aumentou a supremacia das Williams no torneio inglês ? elas venceram nove das últimas 11 edições.
A líder do ranking feminino passou a ser 6.ª maior vencedora de Grand Slams da história ? conquistou 13, tendo triunfado cinco vezes em Melbourne, superando a compatriota Billie Jean King, com 12. "É, Billie, te alcancei!", brincou Serena, falando para a ex-tenista que assistiu o jogo na tribuna real ? a amiga devolveu com um sorriso e um tchauzinho. "É notável estar na companhia de tantas grandes jogadoras. E 13 é o meu número de sorte." Serena ainda venceu o US Open em três oportunidades e ganhou Roland Garros uma vez.
Cabeça de chave número um do torneio, Serena precisou de apenas 67 minutos para arrasar sua rival. Mais uma vez, demonstrou porque é considerada uma das melhores tenistas de todos os tempos. A americana fez nove aces e quebrou três vezes o saque da rival russa. Em sete jogos, não perdeu um único set. Mais impressionante do que nunca em seus fortes saques, Serena conseguiu um total de 89 aces, recorde no torneio, alguns com velocidade superior a 200 km por hora. "Acho que nunca saquei tão bem", admitiu, orgulhosa. "Mas, a cada vez que piso nesta quadra de grama, meu saque melhora."
Já Zvonareva, que disputou sua primeira final de Grand Slam, não conseguiu repetir as boas atuações como as que garantiram as vitórias diante da sérvia Jelena Jankovic e da belga Kim Clijsters. "De fato, não pude fazer o meu melhor porque Serena simplesmente não permitiu", admitiu a russa de 25 anos, que, mesmo com a derrota, voltará a fazer parte do top 10 da ATP ? ela deve assumir a 9.ª colocação.
Presentinho. Serena usou uma gargantilha da irmã Venus, eliminada nas quartas. O adereço foi uma espécie de amuleto. Pela primeira vez, Serena derrotou uma adversária na final em Wimbledon que não fosse sua irmã mais velha. "Ela me emprestou para que eu vencesse. Agora não sei se eu quero devolver..." A vitória de ontem aumentou a supremacia das Williams no torneio inglês ? elas venceram nove das últimas 11 edições.
África selvagem transforma safáris em meio de preservação
No Brasil, as reservas ecológicas são territórios teoricamente intocáveis, nos quais atividades econômicas são proibidas. Como há gente morando dentro delas e no seu entorno, e é impossível fiscalizar seus imensos territórios, todo tipo de atividade ocorre de forma ilegal e predatória. Na África do Sul, no lugar de reservas há 19 parques nacionais, dos quais o Estado retira arrecadação e as comunidades, empregos. Cometem-se crimes ambientais, mas numa dimensão muito menor.
Nos parques nacionais, o governo entrega concessões para empresas privadas operarem hotéis, safáris, restaurantes e lojas, que vendem não só produtos industrializados, mas também peças de artesanato feitas pelas comunidades locais. De acordo com Reynold Thakluli, gerente de relações institucionais do South African National Parks, órgão do Ministério do Meio Ambiente, menos de 20% dos gastos com manutenção são bancados pelo governo e 80% provêm das atividades privadas.
Mas a iniciativa privada não atua só nos parques públicos. Centenas de reservas privadas surgiram a partir dos anos 40 na África do Sul, em geral em áreas contíguas ou próximas aos parques nacionais, aproveitando seus ecossistemas e o fluxo de turistas que eles atraem. Fazendas de gado e de ovelhas deram lugar a ranchos de safári. Muitas se consolidaram em cooperativas, formando as chamadas "conservancies".
Parte dos fazendeiros mudou de negócio, da agropecuária para o ecoturismo. Parte arrendou suas terras para empresários do setor. Hoje, muitos deles já estão na segunda ou terceira geração de filhos e netos de fazendeiros convertidos para o setor do turismo. E o movimento continua, com muitas fazendas sendo vendidas ou arrendadas para safári.
Segundo Grant Hine, presidente da Associação de Guias de Campo da África do Sul, o setor emprega 50 mil guias. Desses, entre 85% e 90% trabalham para empresas privadas. Os salários variam US$ 133 a US$ 1.066.
Os safáris eram tradicionalmente negócio de brancos. O governo tem estimulado a contratação de moradores das áreas em torno das reservas, pagando pelo seu treinamento nas cerca de cem empresas credenciadas. Como resultado, entre 35% e 40% dos guias formados atualmente pela associação são negros, diz Hine.
Os parques nacionais empregam diretamente 4,5 mil pessoas, além dos estagiários e dos empregos indiretos. Só no Kruger Park, o maior dos parques nacionais (19 mil km²), em Mbombela, são 1.885 funcionários permanentes, 202 temporários e 64 estagiários. Esses são os funcionários do governo. Além deles, há os empregados das oito empresas que mantêm hotéis dentro do parque e das três que operam restaurantes, lojas e áreas de piquenique.
O número de visitantes do parque subiu 7,8% no último ano. Os hotéis estavam praticamente todos lotados nas férias de inverno. Quem passa a noite no parque paga uma "taxa de conservação" de US$ 21,33 ao governo. Os visitantes que vão passar o dia, muitos deles moradores das comunidades locais, não pagam a entrada. Um pouco menor que o Estado de Israel, e com o mesmo formato alongado, o Kruger parece um país. Cada hotel corresponde a uma cidade no seu mapa, que indica os animais mais frequentes nas suas imediações.
O último censo, feito em 2005, mostra um aumento na população de muitas espécies de animais. Os elefantes, por exemplo: de 7.454, em 1980, passaram para 12.470; as girafas, de 4.122 para 6.700; e os rinocerontes brancos, que chegaram perto da extinção no fim do século 19, saltaram de 598 para 6.940. Nos safáris, é fácil encontrar famílias de leões nas estradinhas que cruzam o parque. Elefantes, girafas, zebras, rinocerontes, hipopótamos, búfalos e várias espécies de antílopes são vistos facilmente durante o dia.
Isso também ocorre nas reservas privadas. Até 2002, havia seis fazendas de gado onde hoje existe a reserva Thanda ("amor", em zulu). O empresário sueco da área de telefonia, Dan Olofsson, foi comprando as terras, que hoje somam 14 mil hectares, num investimento de US$ 53,3 milhões. Hoje, ela tem 14 leões, 15 rinocerontes pretos e 21 brancos, pelo menos 14 leopardos, 16 hienas, 18 elefantes e 130 búfalos. A reserva emprega direta e indiretamente 130 pessoas, mantém projetos sociais que envolvem 200 mil pessoas da comunidade e recebe 3 mil visitantes por ano, que pagam US$ 667 por noite. Parte da renda vai para a fundação do rei zulu Goodwill Zwelithini, onde fica a reserva.
"É um negócio lucrativo, considerando que os donos se hospedam com amigos a cada dois ou três meses", diz o gerente da reserva, Pierre Dalvaux. "Não há caça, e quando temos animais em excesso, fornecemos para outras reservas."
Proibida em todos os parques nacionais, a caça é permitida, de forma controlada, em reservas privadas. Apesar de seu aspecto brutal, a caça também tem impulsionado a criação de reservas e a expansão do número de animais. Os preços variam, mas, em média, para caçar um leão paga-se US$ 67 mil; um leopardo, US$ 10 mil; um rinoceronte branco, US$ 87 mil. Assim, as reservas podem gerar lucros matando poucos animais e criando espaço para muitos.
Richard Sowry, policial ambiental no Kruger Park, defende a "caça sustentável" como forma de preservar o meio ambiente. Sowry conta que trabalhava na reserva privada Klaserie. Em todo o ano de 2001, foram caçados na reserva dois leões, dois elefantes e cinco búfalos. Isso deu para sustentar a reserva, que tinha cerca de 100 leões e 400 elefantes, e ainda gerar lucros, garante o policial - um dos cerca de 300 que patrulham o Kruger.
Sowry diz que uma reserva de safári apenas para fotografar pode degradar o meio ambiente se gerar lixo sem destinação adequada, se não tiver tratamento de esgoto ou causar excessiva aglomeração de veículos. "O importante é que as reservas sejam administradas de forma sustentável, independentemente de serem para caça ou não."
Harriet Davies-Mostert, diretor científico do Endangered Wildlife Trust (Fundo da Vida Selvagem em Risco), enumera "aspectos positivos da indústria da vida selvagem": aumento na distribuição e abundância dos grandes herbívoros; recuperação de várias espécies em risco, como bontebok (antílope), zebra da montanha do cabo e rinoceronte branco; redução dos rebanhos e da degradação do solo que eles causam.
Muitos acordos entre reservas, tanto estatais quanto privadas, têm derrubado as cercas que as separam, aumentando a quantidade e a qualidade de vida dos animais - além de sua atratividade e lucratividade. Assim como as cercas, caem os tabus que impedem o desenvolvimento sustentável.
Nos parques nacionais, o governo entrega concessões para empresas privadas operarem hotéis, safáris, restaurantes e lojas, que vendem não só produtos industrializados, mas também peças de artesanato feitas pelas comunidades locais. De acordo com Reynold Thakluli, gerente de relações institucionais do South African National Parks, órgão do Ministério do Meio Ambiente, menos de 20% dos gastos com manutenção são bancados pelo governo e 80% provêm das atividades privadas.
Mas a iniciativa privada não atua só nos parques públicos. Centenas de reservas privadas surgiram a partir dos anos 40 na África do Sul, em geral em áreas contíguas ou próximas aos parques nacionais, aproveitando seus ecossistemas e o fluxo de turistas que eles atraem. Fazendas de gado e de ovelhas deram lugar a ranchos de safári. Muitas se consolidaram em cooperativas, formando as chamadas "conservancies".
Parte dos fazendeiros mudou de negócio, da agropecuária para o ecoturismo. Parte arrendou suas terras para empresários do setor. Hoje, muitos deles já estão na segunda ou terceira geração de filhos e netos de fazendeiros convertidos para o setor do turismo. E o movimento continua, com muitas fazendas sendo vendidas ou arrendadas para safári.
Segundo Grant Hine, presidente da Associação de Guias de Campo da África do Sul, o setor emprega 50 mil guias. Desses, entre 85% e 90% trabalham para empresas privadas. Os salários variam US$ 133 a US$ 1.066.
Os safáris eram tradicionalmente negócio de brancos. O governo tem estimulado a contratação de moradores das áreas em torno das reservas, pagando pelo seu treinamento nas cerca de cem empresas credenciadas. Como resultado, entre 35% e 40% dos guias formados atualmente pela associação são negros, diz Hine.
Os parques nacionais empregam diretamente 4,5 mil pessoas, além dos estagiários e dos empregos indiretos. Só no Kruger Park, o maior dos parques nacionais (19 mil km²), em Mbombela, são 1.885 funcionários permanentes, 202 temporários e 64 estagiários. Esses são os funcionários do governo. Além deles, há os empregados das oito empresas que mantêm hotéis dentro do parque e das três que operam restaurantes, lojas e áreas de piquenique.
O número de visitantes do parque subiu 7,8% no último ano. Os hotéis estavam praticamente todos lotados nas férias de inverno. Quem passa a noite no parque paga uma "taxa de conservação" de US$ 21,33 ao governo. Os visitantes que vão passar o dia, muitos deles moradores das comunidades locais, não pagam a entrada. Um pouco menor que o Estado de Israel, e com o mesmo formato alongado, o Kruger parece um país. Cada hotel corresponde a uma cidade no seu mapa, que indica os animais mais frequentes nas suas imediações.
O último censo, feito em 2005, mostra um aumento na população de muitas espécies de animais. Os elefantes, por exemplo: de 7.454, em 1980, passaram para 12.470; as girafas, de 4.122 para 6.700; e os rinocerontes brancos, que chegaram perto da extinção no fim do século 19, saltaram de 598 para 6.940. Nos safáris, é fácil encontrar famílias de leões nas estradinhas que cruzam o parque. Elefantes, girafas, zebras, rinocerontes, hipopótamos, búfalos e várias espécies de antílopes são vistos facilmente durante o dia.
Isso também ocorre nas reservas privadas. Até 2002, havia seis fazendas de gado onde hoje existe a reserva Thanda ("amor", em zulu). O empresário sueco da área de telefonia, Dan Olofsson, foi comprando as terras, que hoje somam 14 mil hectares, num investimento de US$ 53,3 milhões. Hoje, ela tem 14 leões, 15 rinocerontes pretos e 21 brancos, pelo menos 14 leopardos, 16 hienas, 18 elefantes e 130 búfalos. A reserva emprega direta e indiretamente 130 pessoas, mantém projetos sociais que envolvem 200 mil pessoas da comunidade e recebe 3 mil visitantes por ano, que pagam US$ 667 por noite. Parte da renda vai para a fundação do rei zulu Goodwill Zwelithini, onde fica a reserva.
"É um negócio lucrativo, considerando que os donos se hospedam com amigos a cada dois ou três meses", diz o gerente da reserva, Pierre Dalvaux. "Não há caça, e quando temos animais em excesso, fornecemos para outras reservas."
Proibida em todos os parques nacionais, a caça é permitida, de forma controlada, em reservas privadas. Apesar de seu aspecto brutal, a caça também tem impulsionado a criação de reservas e a expansão do número de animais. Os preços variam, mas, em média, para caçar um leão paga-se US$ 67 mil; um leopardo, US$ 10 mil; um rinoceronte branco, US$ 87 mil. Assim, as reservas podem gerar lucros matando poucos animais e criando espaço para muitos.
Richard Sowry, policial ambiental no Kruger Park, defende a "caça sustentável" como forma de preservar o meio ambiente. Sowry conta que trabalhava na reserva privada Klaserie. Em todo o ano de 2001, foram caçados na reserva dois leões, dois elefantes e cinco búfalos. Isso deu para sustentar a reserva, que tinha cerca de 100 leões e 400 elefantes, e ainda gerar lucros, garante o policial - um dos cerca de 300 que patrulham o Kruger.
Sowry diz que uma reserva de safári apenas para fotografar pode degradar o meio ambiente se gerar lixo sem destinação adequada, se não tiver tratamento de esgoto ou causar excessiva aglomeração de veículos. "O importante é que as reservas sejam administradas de forma sustentável, independentemente de serem para caça ou não."
Harriet Davies-Mostert, diretor científico do Endangered Wildlife Trust (Fundo da Vida Selvagem em Risco), enumera "aspectos positivos da indústria da vida selvagem": aumento na distribuição e abundância dos grandes herbívoros; recuperação de várias espécies em risco, como bontebok (antílope), zebra da montanha do cabo e rinoceronte branco; redução dos rebanhos e da degradação do solo que eles causam.
Muitos acordos entre reservas, tanto estatais quanto privadas, têm derrubado as cercas que as separam, aumentando a quantidade e a qualidade de vida dos animais - além de sua atratividade e lucratividade. Assim como as cercas, caem os tabus que impedem o desenvolvimento sustentável.
Alemães dizem ''não acreditar'', e Löw tenta conter euforia
O técnico Joachim Löw tentou, e conseguiu, durante toda a entrevista coletiva manter a calma e conter a euforia pela espetacular goleada sobre a Argentina. Löw, que comandou a seleção alemã para chegar pela 12.ª vez a uma semifinal, mostrou-se muito orgulhoso de seus jogadores. "É um grupo determinado, concentrado e que está com uma fome enorme por títulos e conquistas", disse o treinador, que foi auxiliar de Jürgen Klinsmann na campanha do terceiro lugar há quatro anos na Alemanha. "Há muito tempo destaco a capacidade destes jogadores, mas pouca gente me ouviu", afirmou, referindo-se às críticas que recebeu de parte da imprensa alemã.
Löw considerou "formidável" sua equipe conseguir fazer quatro gols em "um time tão experiente e forte como a Argentina", mas destacou também o trabalho do setor defensivo. "Nosso plano para parar Messi foi totalmente aprovado", elogiou, ainda sem querer divulgar o substituto de Müller, que recebeu o segundo cartão amarelo e não poderá disputar a semifinal. "Tivemos um segundo tempo com muito equilíbrio, mesmo quando fomos atacados."
Os jogadores buscavam manter a política do "ainda não ganhamos nada". "Nem consigo acreditar que ganhamos por 4 a 0 da Argentina. Mas precisamos pensar no próximo jogo, pois todos os times que têm condições de ficar com o título mundial", disse o capitão Philipp Lahm. O meia Müller destacou o poder coletivo da equipe. "Somos um grupo homogêneo, em que um atua para o outro e pelo outro. Temos um extraordinário espírito de equipe."
Friedrich, autor do terceiro gol alemão, revelou que a "alegria" é importante para o desempenho do time. "Isso torna o elenco mais unido. Existe também um grande poder de concentração, que nos deixa fortes nos momentos mais difíceis." O jogador do Hertha Berlim tratou de conter os ânimos. "Precisamos manter a calma e a lucidez neste momento inacreditável."
PARA LEMBRAR
Alemanha pode superar Brasil em número de finais
A Alemanha está em uma semifinal de Copa do Mundo pela terceira vez consecutiva e pela 12.ª vez em sua história. A seleção tricampeã (1954, 1974 e 1990) pode se tonar a que mais disputou finais de Copa do Mundo, alcançando oito oportunidades e superando o Brasil, que chegou sete vezes à decisão. A última vez que conquistou o título foi em 1990.
Löw considerou "formidável" sua equipe conseguir fazer quatro gols em "um time tão experiente e forte como a Argentina", mas destacou também o trabalho do setor defensivo. "Nosso plano para parar Messi foi totalmente aprovado", elogiou, ainda sem querer divulgar o substituto de Müller, que recebeu o segundo cartão amarelo e não poderá disputar a semifinal. "Tivemos um segundo tempo com muito equilíbrio, mesmo quando fomos atacados."
Os jogadores buscavam manter a política do "ainda não ganhamos nada". "Nem consigo acreditar que ganhamos por 4 a 0 da Argentina. Mas precisamos pensar no próximo jogo, pois todos os times que têm condições de ficar com o título mundial", disse o capitão Philipp Lahm. O meia Müller destacou o poder coletivo da equipe. "Somos um grupo homogêneo, em que um atua para o outro e pelo outro. Temos um extraordinário espírito de equipe."
Friedrich, autor do terceiro gol alemão, revelou que a "alegria" é importante para o desempenho do time. "Isso torna o elenco mais unido. Existe também um grande poder de concentração, que nos deixa fortes nos momentos mais difíceis." O jogador do Hertha Berlim tratou de conter os ânimos. "Precisamos manter a calma e a lucidez neste momento inacreditável."
PARA LEMBRAR
Alemanha pode superar Brasil em número de finais
A Alemanha está em uma semifinal de Copa do Mundo pela terceira vez consecutiva e pela 12.ª vez em sua história. A seleção tricampeã (1954, 1974 e 1990) pode se tonar a que mais disputou finais de Copa do Mundo, alcançando oito oportunidades e superando o Brasil, que chegou sete vezes à decisão. A última vez que conquistou o título foi em 1990.
Espanha afasta zebra, bate Paraguai no sufoco e encara Alemanha na semi

Esqueça aquela história que a Espanha se amedronta e não vence decisões. Neste sábado, a Fúria foi abaixo das expectativas, mas cumpriu seu papel de maneira emocionante, no sufoco. Com um gol de Villa aos 38min do segundo tempo, o time ibérico derrotou o Paraguai por 1 a 0 em Johanesburgo e se classificou para a semifinal da Copa do Mundo pela primeira vez em 60 anos.
Lances polêmicos, pênaltis desperdiçados para ambos os lados e muito nervosismo. Foi assim, que as duas equipes protagonizaram o último duelo das quartas de final. Mas apesar do espírito de luta dos paraguaios, a Espanha conseguiu impor o favoritismo com dificuldades.
Agora, a equipe de Vicente Del Bosque encara a Alemanha às 15h30 da próxima quarta-feira para tentar decidir seu primeiro Mundial. Os dois países irão reeditar a final da Eurocopa de 2008, quando a seleção ibérica levou a melhor por 1 a 0.
O Paraguai, por outro lado, deixa a Copa com sua melhor campanha na história do torneio. O time sul-americano até fez frente ao rival durante boa parte do confronto, mas no fim não impediu a queda na África do Sul.
O técnico Gerardo Martino mudou meia equipe para tentar surpreender a Espanha neste sábado. Não só isso, como o treinador alterou o estilo de jogo paraguaio, adiantando a marcação do time para dificultar a criação das jogadas espanholas.
A estratégia surtiu efeito. Com o meio-campo congestionado, os campeões europeus tiveram muitos problemas para superar a defesa guarani. Apesar de manter domínio da posse de bola, a Espanha foi ineficaz no ataque e não disparou um chute certo em direção à meta de Villar em todo o primeiro tempo.
Além de segurar o rival, o Paraguai ainda levou mais perigo nos contra-ataques, com direito a um gol duvidoso de Nelson Valdez, anulado pelo árbitro. Com isso, ambos tiveram que se contentar com o empate até o intervalo.
Se a etapa inicial terminou de maneira polêmica pelo lance, o segundo tempo foi ainda pior. Aos 14min, o árbitro anotou pênalti de Piqué em Cardozo. O próprio atacante se encarregou da cobrança e viu Casillas fazer a defesa. Mas a festa da Espanha durou pouco.
Logo no lance seguinte, o juiz deu pênalti de Alcaraz em David Villa. Xabi Alonso ainda converteu a primeira cobrança, mas o árbitro mandou voltar. Depois, Villar fez boa defesa e manteve o placar inalterado.
Conforme o duelo se aproximou do fim, a Espanha aumentou a pressão ao redor da área guarani. E a seca de gols no jogo só acabou aos 38min, da maneira mais chorada possível. Villa aproveitou rebote na trave de Pedro e chutou. A bola ainda bateu no poste outras duas vezes após a finalização do camisa 7, mas finalmente entrou. Espanha na semifinal.
Alemanha Goleia pra Cima Da Argentina que dá Adeus a Copa Do Mundo De 2010

No jogo das seleções que exibiram até o momento o melhor futebol e os ataques mais positivos da Copa, a Alemanha mostrou mais eficiência, organização e postura ofensiva, goleando a Argentina, sem correr grandes riscos, por 4 a 0. Num momento raro de se ver, a torcida alemã gritou “olé” para os jogadores da seleção, que envolveram totalmente os argentinos a partir da metade do segundo tempo.
Os alemães vão às semifinais da Copa pela décima-segunda vez em sua história e enfrentam, na próxima quarta-feira, em Durban, o vencedor do jogo entre Espanha e Paraguai. A Argentina, cujo último título data de 1986, volta para casa nas quartas, como em 2006.
Foi a sexta vez que Alemanha e Argentina se enfrentaram em Mundiais – já disputaram duas finais, em 1986 e 1990. Na última, há quatro anos, uma briga generalizada marcou a partida, vencida pelos alemães nos pênaltis, também nas quartas de final.
Para uma partida com este grau de rivalidade, esperava-se um árbitro firme e rigoroso, qualidades que Ravshan Irmatov, do Uzbequistão, não exibiu.
A Alemanha tomou a iniciativa da partida desde o início. Tocando muito bem a bola e atacando com velocidade, a seleção partiu para o ataque desde o primeiro instante e logo aos três minutos conseguiu o seu gol.
Numa falta cobrada por Schweinsteiger, Mueller se adiantou e cabeceou sem chances para Romero. Ainda no primeiro templo, Klose perdeu uma chance clara, depois de ótima jogada de Mueller.
Com Messi bem marcado e pouco inspirado, as principais jogadas da Argentina passavam por Tevez, sempre muito disposto, mas sem a mesma qualidade do meia do Barcelona, e por Higuain, que jogava isolado na frente.
O segundo tempo foi semelhante ao primeiro. A Alemanha perdeu um pouco o ímpeto no início, dando espaço para a Argentina, mas retomou o controle do jogo a partir da segunda metade. Com gols de Klose aos 23 e aos 43 e do zagueiro Friedrich, aos 28, os alemães mataram a partida.
Com seus gols, Klose soma agora 14 em Copas, apenas um a menos que Ronaldo, o maior artilheiro do Mundial. E a Alemanha, com a vitória, chega a 13 gols marcados na África do Sul, o melhor número entre todas as seleções.
Uma plateia vip acompanhou a partida. Sob críticas da oposição, que viu na viagem um gasto desnecessário, a chanceler alemã Ângela Merkel acompanhou a partida na tribuna, ao lado do presidente sul-africano, Jacob Zuma.
Além dos políticos, os atores Leonardo DiCaprio e Charlize Theron, além do músico Mick Jagger, também estavam presentes no confronto.
Traficantes e caçadores ilegais ameaçam conservação
Os parques nacionais sul-africanos não têm os problemas usuais das reservas brasileiras, como garimpo, extração de madeira e pesca ilegais. Seu desafio são as quadrilhas de caçadores clandestinos e traficantes de chifres de rinoceronte e de carne de antílopes. No caso dos chifres, elas atingem a sofisticação do narcotráfico, empregando helicópteros, armas e munições soníferas, de uso controlado para veterinários. De janeiro para cá, cerca de 100 rinocerontes foram mortos nos parques nacionais. Em todo o ano passado, haviam sido 122, o que indica um crescimento. Os criminosos imobilizam os rinocerontes com os soníferos ? ou com munição convencional ?, arrancam seus chifres e os abandonam a uma morte lenta e dolorosa. Este ano foram presos 25 suspeitos.
O marfim do chifre tem diversas aplicações. No Oriente Médio, é usado nos cabos de punhais e facas de luxo. Na China e noutros países asiáticos, é moído, e o pó utilizado em remédios tradicionais.
O marfim do chifre tem diversas aplicações. No Oriente Médio, é usado nos cabos de punhais e facas de luxo. Na China e noutros países asiáticos, é moído, e o pó utilizado em remédios tradicionais.
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