domingo, 6 de junho de 2010
Sul-africano morre durante voo após ingerir cocaína
De acordo com informações da Polícia Federal de Pernambuco, foram localizadas 104 cápsulas de cocaína dentro do estômago do sul-africano. A perícia tanatoscópica realizada por peritos do Instituto de Medicina legal (IML) concluiu que uma das cápsulas engolidas pelo homem havia se rompido, provocando sua morte. Ainda segundo os peritos, as cápsulas estavam acomodadas no intestino e no estômago do passageiro.
Em relatos feitos à Polícia Federal, passageiros e tripulantes afirmaram que antes de desmaiar, Louis estava suando e tremendo e que teria pedido ajuda alegando estar passando mal, com dores no estômago e falta de ar.
O resultado final da perícia que apontará a causa da morte deve ser concluído na próxima semana e encaminhado para a Polícia Federal, responsável pela instalação do inquérito policial. A representação consular da África do Sul no Brasil será formalmente informada sobre o incidente. A bagagem do passageiro passará por uma perícia da PF na tentativa de encontrar pistas sobre os responsáveis por sua contratação para o transporte da droga e quem iria comprá-la.
Nos últimos cinco anos, o número de pessoas presas envolvidas com o tráfico internacional de drogas em Pernambuco tem crescido. Esta é quinta apreensão de drogas feita pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional dos Guararapes nos primeiros seis meses de 2010. Neste período, cinco pessoas foram presas e identificadas como tendo nacionalidade búlgara, paraguaia, filipina, grega e sul-africana. Ao todo, foram apreendidos 13,9 quilos de cocaína. Em 2009, a PF prendeu 19 pessoas por tráfico internacional de entorpecentes no Aeroporto Internacional dos Guararapes. Destes, 10 eram estrangeiros (cinco espanhóis, um islandês, duas romenas, uma nigeriana e um argentino) e nove eram brasileiros. Durante o ano foram apreendidos 69,9 quilos de cocaína.
Energia para indústria sobe 150% e sufoca setor
"O problema é que, se nada for feito, o ritmo de alta continuará nos próximos anos e afetará a competitividade da indústria nacional", alerta o diretor da Fiesp e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Julio Diaz. Ele afirma que tem recebido inúmeras queixas de empresas (do setor automobilístico, madeira e têxtil) sobre a ampliação do peso da conta de luz na produção. Na indústria, há casos em que o consumo de energia representa até 45% do custo total.
Até 2003, a tarifa do setor industrial representava 45% do que era cobrado do consumidor residencial. A partir daí, o governo deu início a um realinhamento tarifário que durou até 2007, lembra o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner.
O objetivo era eliminar o que o governo considerava como subsídio cruzado nas tarifas do País - algo questionado por alguns especialistas, já que a indústria é atendida em alta tensão e, portanto, o custo para entrega da energia é menor.
Dessa forma, a Aneel elevou os reajustes para a classe industrial e reduziu o ritmo de alta para o residencial. A conta das empresas atingiu 78% do que os consumidores residenciais pagam. Mas, para especialistas, isso não é motivo de comemoração.
Hoje as duas tarifas estão em níveis extremamente elevados para a média mundial. Além disso, o aumento de custo da produção industrial é repassado para o consumidor. Ou seja, o residencial é punido duas vezes: pela tarifa de energia alta e por produtos mais caros.
"Elevar o preço da energia é um tiro no pé. No fim, isso se transforma em grande inibidor do crescimento econômico", diz o coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), Eduardo Spalding. Ele comenta que o avanço dos custos da energia nos últimos anos puniu, em maior escala, os grandes consumidores, mas afetou também a pequena e média empresa.
O que mais assusta a indústria é que a escalada das tarifas pode não parar por aqui, afirma o diretor da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia, Luciano Pacheco. Ele observa que a decisão do governo de contratar uma série de térmicas movidas a óleo combustível, altamente poluentes e caras, vai pesar no bolso do consumidor e prejudicar a competitividade da indústria nacional. De acordo com a Fiesp/Ciesp, até 2013 quase 10 mil MW médios de energia gerada por térmicas estarão em operação no País. "Isso terá reflexo nas tarifas", diz Pacheco.
Seleção brasileira é recebida com discrição na Tanzânia
O ônibus trazendo a comitiva encostou no Hotel Movenpick Royal Palm à meia-noite e 25 minutos, sempre bem escoltada. Os atletas desceram na pista e de lá mesmo tomaram a condução. Picapes com homens bem armados na caçamba fizeram a segurança do time.
Na chegada ao hotel, Dunga teve seu nome gritado por um grupo de torcedores no saguão. Além do técnico, Kaká e Lúcio foram os únicos reconhecidos. A chegada não levou mais que cinco minutos, tempo suficiente para ver os jogadores, tirar fotos e se dispersar. Não houve incidentes, com exceção de problemas em dois elevadores.
A viagem de 3h20min de Johannesburgo até Dar es Salaam foi caracterizada pelo que Dunga mais tem falado na África do Sul: privacidade. Nem mesmo as comissárias de bordo do voo SFR 304 da Safair sentiram-se à vontade para pedir autógrafos para os jogadores em camisas trazidas de casa.
Antes de tentar entrar em contato com os atletas, elas conversaram com os seguranças, depois com Jorginho e por fim com Américo Faria. Não queriam incomodar. No fim, conseguiram a lembrança.
Santos Goleia 4 a 0 Sobre o Vasco

Uma bobeira incrível do goleiro Fernando Prass abriu o caminho do Santos na goleada sobre o Vasco por 4 a 0 pelo Campeonato Brasileiro, na última rodada antes da parada para a disputa da Copa do Mundo. A equipe santista agora só volta a atuar no dia 15 de julho, no clássico diante do Palmeiras no Pacaembu.
Vice-lanterna do Brasileirão, o Vasco pouco ameaçou o Santos na Vila Belmiro. As apostas estavam nas descidas do jovem Philippe Coutinho. Aos 10 minutos do primeiro tempo, ele teve uma boa chance para marcar, mas a bola ficou nas mãos de Rafael - o goleiro barrou Felipe e Fábio Costa no Santos.
A estratégia de Roth deu certo até os 34 minutos do primeiro tempo. Numa bobeira gigante, Fernando Prass não percebeu que Léo estava às suas costas e soltou a bola na reposição. O lateral ganhou a jogada e só não marcou porque recebeu um carrinho do goleiro na área: pênalti. André cobrou e meteu a bola no canto direito.
O segundo gol santista ocorreu na etapa final. Dorival Júnior tirou Rodriguinho e colocou Maranhão aos 4. Dois minutos depois, o jogador recebeu na entrada da área e chutou. A bola bateu em Cesinha e voltou para o próprio Maranhão. Desta vez, ele soltou uma bomba cruzado e meteu no ângulo direito de Prass.
O Vasco ficou desnorteado, e nem as mudanças de Roth surtiram efeito. Sem muito esforço, o Santos marcou o terceiro aos 17 minutos. Em bela enfiada de Madson, André saiu na cara do gol e com um toquinho tirou Prass da jogada. A bola lentamente entrou para o fundo das redes - foi o quinto gol do jogador no Brasileirão.
Fumagalli entrou no Vasco, mas ficou pouco tempo em campo - foi expulso em jogada infantil. O Santos aproveitou para marcar o quarto e fechar o marcador. Aos 28 minutos, Ganso deu o passe, Zezinho fez jogada dentro da are e cruzou rasteiro. Madson apareceu livre e tocou para as redes.
Além de um bom saldo de gols, a goleada garantiu ao Santos a permanência no G-4 do Brasileirão durante a parada da Copa, com 12 pontos. O Vasco, com 5, terá muito trabalho neste período para se acertar e escapar da zona de rebaixamento.
Corinthians arranca empate e vê a Copa do Mundo líder

O Corinthians vai para a Copa do Mundo líder. Com direito a gol no último minuto, o time paulista arrancou um empate pode 2 a 2 com o Botafogo, no Engenhão, e garantiu a ponta do Brasileirão pelo menos até a rodada do dia 14 de julho, a primeira após o Mundial da África do Sul.
Após sete rodadas, o Corinthians lidera o campeonato com 17 pontos, empatado com o surpreendente Ceará, mas com saldo de gols melhor (7 a 6). Já o Botafogo, chegou a 9 pontos e segue no meio da tabela.
A próxima rodada do Brasileirão está marcada para o dia 14 de julho, quando o Corinthians enfrentará exatamente o vice-líder Ceará, no Castelão. No mesmo dia, o Botafogo encara clássico carioca contra o Flamengo, no Maracanã.
DOMÍNIO SEM GOL. No primeiro tempo, o domínio foi do Botafogo. O time carioca teve maior posse de bola e quase sempre controlou o jogo no campo de ataque, acuando o Corinthians.
Com o gol, o Botafogo ficou mais tranquilo e pode armara a arapuca do contra-ataque. A tática deu certo quando Renato Cajá ganhou dividida com Ralf, após uma bola afastada pela zaga botafoguense. Marcelo Cordeiro recebeu no meio, arrancou e rolou com carinho para Lúcio Flávio bater na saída de Felipe e virar o placar.
QUASE ADEUS A LIDERANÇA. Perdendo, o jogo e a liderança, o Corinthians resolveu ir para cima, mas errou muito o último passe antes do arremate - como em todo o jogo, aliás. Simultâneamente, o vice-líder Ceará ia vencendo o Atlético-MG e superando o alvinegro paulistano na classificação.
Mas sempre acreditando até o último minuto, o Corinthians conseguiu arrancar o empate e se manter na liderança. Aos 48, Defederico bateu escanteio da direita e Paulo André subiu sozinho para desviar de cabeça sem chance para Jefferson.
PREOCUPAÇÃO. No último lance da primeira etapa, Dentinho sentiu uma fisgada na parte de trás da coxa esquerda e não voltou para a segunda etapa. Para alivio do torcedor corintiano, como esta é a última rodada antes da paralisação para a Copa Mundo, então, deve haver tempo para a recuperação.
FOLGA. Os jogadores folgarão a partir deste domingo até o próximo dia 15, quando viajarão para Monte Sião para uma mini pré-temporada de dez dias. No dia 25, retornam a São Paulo.
O Botafogo também dará 10 dias de folga e no retorno o time deverá se concentrar na Granja Comary, em Teresópolis, inclusive com um amistoso já agendado. A programação será divulgada nesta segunda-feira.
O time carioca poderia até ter marcado antes do intervalo, aos 33, quando Felipe saiu mal no cruzamento, Fábio Ferreira tocou para o meio da área e Caio, livre, mandou no travessão.
Apesar de só conseguir aliviar o sufoco nos minutos finais do primeiro tempo, o Corinthians conseguiu aproveitar a única chance que teve na primeira etapa. Aos 30, Bruno César aproveitou falha de Alessandro, deu um belo drible na entrada da área em Antonio Carlos e bateu no canto direito de Jefferson.
No começo do segundo tempo, o Botafogo conseguiu finalmente marcar o gol que ficou faltando na primeira etapa. Aos 2, Jucilei afastou mal, Herrera ficou com a bola na sobra e bateu para defesa parcial de Felipe. No rebote, Renato Cajá - ex-Ponte Preta - completou para a rede.
Terras se valorizam até 687% em 3 anos
SÃO PAULO - A procura crescente por terras brasileiras tem se refletido no preço dos ativos. Nos últimos 36 meses, por exemplo, terras no Amapá tiveram uma valorização de até 687,4%. Em Mato Grosso, a alta máxima registrada no mesmo período chegou a 636,2%.
Entre as razões que levam ao aumento do preço do ativo agrário está o potencial de valorização das commodities agrícolas.
Organismos internacionais, como a FAO, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada para a agricultura e alimentos, assim como as consultorias e os bancos, têm alertado para o fato de que o crescimento populacional nas próximas décadas vai criar uma demanda muito grande por alimentos - e, consequentemente, por terras agricultáveis. O Brasil aparece como grande aposta para quem pretende faturar com a demanda que vem por aí.
"A terra é um ativo concreto e tem a tendência de sempre se valorizar. Com a China e a Índia entrando fortemente no mercado consumidor, é inevitável pensar no crescimento do consumo de alimentos e na necessidade de aumento de produção", diz Jacqueline Bierhals, gerente de Agroenergia da consultoria Agra FNP.
André Pessoa, dono da Agroconsult, diz que o momento é de forte recuperação dos investimentos em terras - depois de uma procura arrefecida pela crise de 2008/2009. "Vemos de tudo, de produtores brasileiros que buscam aumentar as áreas de plantio a grandes grupos internacionais do agronegócio", comenta. Nesse jogo, o importante é sair na frente para mapear as melhores oportunidades, que conjuguem preço baixo do ativo, alta produtividade e boa logística na distribuição da produção.
Segundo Jacqueline, nos últimos 36 meses (de maio/junho de 2007 a março/abril de 2010), a valorização média das terras no Amapá, por exemplo, foi de 117,9%. No Piauí a alta chegou a 70,1% - nos dois casos não foi descontada a inflação (veja quadro ao lado).
Alta produtividade
Piauí, Maranhão e Tocantins formam a sigla Mapito (união das sílabas iniciais de cada Estado) e são a mais recente fronteira agrícola do País, que ganhou impulso nos últimos oito anos. Situação semelhante é a do oeste da Bahia, onde se concentram grandes propriedades com índice de produtividade mais alto do que o americano no caso da soja. Nos últimos 12 meses, por exemplo, o hectare no Maranhão valorizou, em média, 16,8% e, em alguns casos, chegou a 66,7%. Nos últimos três anos, em média, o preço da terra no País aumentou 42% - mais que a maior parte das aplicações financeiras.
Os valores, segundo a gerente da Agra, até já tiveram altas maiores entre 2006 e 2007. Como os preços também são atrelados à cotação das commodities, já não têm aumentado na mesma proporção de outros tempos. "A saca de soja, por exemplo, vale hoje quase a metade na Bolsa de Chicago do que valia antes da crise, e isso reflete na avaliação da terra", explica a gerente da Agra.
Entrar para o grupo que investe em terras não é missão apenas para quem leva em consideração o valor do negócio, porque os preços variam muito. Um hectare no Acre ou no Amazonas pode sair por R$ 50, segundo levantamento da Agra FNP, e chegar a R$ 2,8 mil. O hectare do País mais caro está em Santa Catarina - R$ 37 mil.
Mas aqueles que procuram opções mais promissoras e ainda com uma boa relação custo/benefício, como o Mapito, podem começar a fazer as contas com o hectare custando a partir de R$ 100. Tudo depende das condições da terra (se é bruta, ou seja, sem nenhum tipo de benfeitoria, ou se já é preparada para o plantio) e dos benefícios nas proximidades (como estradas, distância dos portos).
Nova aposta. Além de culturas tradicionais, como soja, milho e algodão, tem crescido o investimento na cultura do eucalipto para reflorestamento. A Suzano Papel e Celulose, por exemplo, anunciou em março o plantio cerca de 145 milhões de mudas de eucalipto para suprir unidades de produção no Maranhão e no Piauí. Os produtores querem aproveitar a potencial demanda e começaram a seguir o caminho da companhia na cultura do eucalipto.
China tira US$ 12,6 bi do Brasil em exportações
XANGAI - A concorrência de produtores chineses tirou da indústria brasileira US$ 12,6 bilhões em exportações a seus três principais mercados, entre 2004 e 2009, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que analisa os embarques para EUA, Argentina e União Europeia (UE). O levantamento mostra ainda que a disputa com a China também custou à indústria local US$ 14,4 bilhões em vendas internas.
Nos seis anos analisados, a China dobrou a participação nas vendas de bens industriais à UE, para 22%, enquanto a presença do Brasil passou de 1% para 1,2%. Nos EUA, a fatia chinesa passou de 11% para 25%, enquanto a brasileira caiu de 1,2% para 1%.
Segundo a Fiesp, a principal razão para a substituição de produtos brasileiros por chineses é o câmbio, que está desvalorizado na China e valorizado no Brasil. "Enquanto a taxa de câmbio chinesa permaneceu praticamente estagnada em patamar estimulante às exportações, o Brasil assistiu a permanente valorização de sua moeda", relata o estudo.
Com base em dados do instituto americano Peterson Institute for International Economics, as duas moedas estão em desequilíbrio, com o real valorizado em 16% e o yuan desvalorizado em 40%. Essa diferença torna os produtos chineses mais baratos em dólares e encarece os brasileiros, criando cenário hostil para a indústria nacional.
"A China vai ter de valorizar sua moeda em algum momento. Ela terá de ter câmbio flutuante para se integrar ao mundo de maneira competitiva e ser uma economia de mercado", disse o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, que participou na semana passada de reunião do Conselho Empresarial Brasil-China, em Xangai.
Pequim iniciou processo de valorização do câmbio em meados de 2005 e permitiu a valorização em 20% da moeda até junho de 2008, quando interrompeu o movimento em razão da crise financeira internacional. Desde então, o yuan é mantido no patamar de 6,83 por US$ 1.
Apesar da pressão internacional, a China deve manter o gradualismo na política cambial e permitir tímida valorização no segundo semestre, que os analistas estimam em 3%, distante dos 40% apontados pela Fiesp.
O mercado no qual o Brasil mais perdeu espaço para os chineses foi a UE, com prejuízos de US$ 6,2 bilhões de 2004 a 2009. Em seguida aparecem EUA, com US$ 5 bilhões, e Argentina, com US$ 1,4 bilhão.
No caso da UE, o que o Brasil deixou de exportar equivale a pouco mais de 3% dos embarques totais para a região no período. Proporcionalmente, as perdas para os EUA foram maiores e representaram 3,7% dos embarques para o país.
Ritmo alucinante
As perdas atingem desde setores de alta tecnologia aos que são intensivos em mão de obra, como calçados e têxteis. O segmento que mais sofreu foi o de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com 17,1% dos US$ 12,6 bilhões. No mercado doméstico, 29% das perdas se concentraram no segmento de material eletrônico e de comunicação.
"As importações da China estão crescendo a um ritmo alucinante e setores da economia que poderiam estar crescendo sofrem com a concorrência desleal dos produtos beneficiados pelo câmbio", ressaltou Giannetti.
Segundo ele, o segmento de máquinas e equipamentos é um dos que mais sofrem diante da concorrência de produtos chineses que entram no País a "preços aviltantes". Giannetti afirmou que as empresas com projetos de siderurgia, energia e infraestrutura consideram em primeiro lugar a importação de máquinas e equipamentos chineses para as obras e plantas industriais. "Há dez anos, éramos nós que fornecíamos equipamento para a Hidrelétrica de Três Gargantas", lembrou, fazendo referência à gigantesca usina chinesa.
Enquanto a China abocanhou fatias cada vez maiores do comércio internacional para se transformar na maior potência exportadora do mundo em 2009, o Brasil teve expansão tímida de sua participação.
Em 2000, o país asiático aparecia em sétimo lugar no ranking dos maiores exportadores, com fatia de 3,9%. As vendas brasileiras representavam 0,9% e ocupavam a 28ª posição. Nove anos depois, a China estava em primeiro lugar, com 9,6% das exportações globais. O Brasil subiu para a 24ª posição, com fatia de 1,2%.
Seis rebeldes morrem e um militar vira refém na Colômbia
Seis guerrilheiros foram mortos depois de um bombardeio de aviões da Força Aérea Colombiana contra um acampamento rebelde, localizado na floresta ao sul do país, nesse domingo. O grupo rebelde anunciou que um militar foi capturado durante o combate.
O bombardeio contra um acampamento das Farc (Forças Revolucionárias da Colômbia) aconteceu em Cano de Los Lobos, perto de San Vicente de Caguan, em Caquetá, a 300 quilo6metros ao sudeste de Bogotá, de acordo com informações da Força Aérea.
"Seis narco-terroristas foram abatidos, sete foram capturados e dois guerrilheiros foram feridos, eles receberam os primeiros socorros e depois foram entregues às autoridades competentes", disse um comunicado da Força Aérea.
O acampamento bombardeado foi ocupado por tropas do exército, que confiscaram armas e equipamentos de comunicação.
Por outro lado, as Farc anunciaram que seguem mantendo como refém o fuzileiro Henry Lopez, capturado durante um combate no qual morreram nove militares, no dia 23 de maio, perto do município de Solano, em Caquetá.
Caquetá é uma das regiões do país onde as Farc ainda têm uma presença forte e onde a ofensiva militar determinada pelo presidente Álvaro Uribe, desde que ele assumiu o poder em 2002, tem enfrentado a maior resistência.
Durante essa ofensiva apoiada pelos EUA já morreram comandantes da guerrilha importantes, como Raúl Reyes, Tomás Medina Caracas e Martín Caballero, e milhares de guerrilheiros desertaram, o que enfraqueceu a capacidade militar dos rebeldes.
As Farc, consideradas pelos EUA e pela UE como uma organização terrorista, passou dos 17.000 combatentes em 2002 a cerca de 9.000 atualmente, de acordo com informações das forças de segurança.
A ofensiva militar tem permitido reduzir os assassinatos, os seqüestros e ataques contra a infra-estrutura, incentivando os investimentos estrangeiros e beneficiando a economia. Mas os rebeldes ainda têm forte presença em zonas importantes para a produção e tráfico de cocaína, sua principal fonte de financiamento, de acordo com informações do governo.
O candidato do Partido de la U, Juan Manuel Santos, e o líder do Partido Verde, Antanas Mockus, que vão disputar o segundo turno das eleições para presidente da Colômbia, no dia 20 de junho, prometeram manter a ofensiva militar contra a guerrilha.
As Farc não informaram se libertaram o militar capturado ou se o incluíram no grupo de 22 militares das forças armadas que eles mantêm sequestrados, alguns por mais de 12 anos e que eles querem usar em trocas por rebeldes presos.
Santos e Mockus já avisaram que se ganharem a eleição não vão negociar nenhum acordo com a guerrilha em troca da libertação dos militares sequestrados.Assalto aos correios
Aprovação ao governo Lula é de 75%
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado ótimo ou bom por 75% dos eleitores, segundo a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. A nota média dada à gestão, em uma escala de zero a 10, é de 7,8.
A divisão do eleitorado por regiões e faixas de renda revela que o nível de satisfação é mais alto entre os mais pobres e entre os moradores da região Nordeste.
Para 82% dos nordestinos, o governo é ótimo ou bom. A aprovação é de 80% entre os brasileiros que têm renda familiar de até um salário mínimo.
No outro extremo, 65% dos moradores do Sul afirmaram que o governo é ótimo ou bom. Na população com renda superior a cinco salários mínimos, a aprovação é de 68%.
Cerca de um quarto do eleitorado atribui nota 10 ao governo. Apenas 7% dão nota inferior a 5.
O desempenho pessoal de Lula tem índice de aprovação superior ao de seu governo: 86% estão satisfeitos com a forma como o presidente governa o País.
A avaliação positiva do presidente chega a 92% na região Nordeste. No Sul, esse índice é de 75% – uma diferença de 17 pontos porcentuais.
Programas de TV deixam Serra e Dilma empatados, diz Ibope
Segundo levantamento do Ibope feito a pedido do Estado e da TV Globo, Serra e Dilma têm, cada um, 37% das preferências dos eleitores. Marina Silva, do PV, aparece com 9%.
Em relação à pesquisa anterior do Ibope, feita em abril, antes da propaganda dos dois principais pré-candidatos no rádio e na TV, Dilma subiu cinco pontos porcentuais, e Serra caiu três.
Austrália investiga Google por invasão de privacidade
A Justiça australiana ordenou um inquérito para investigar a gigante Google por acusações de invasão de privacidade.
As irregularidades teriam ocorrido enquanto veículos da empresa fotografavam ruas para seu serviço Street View e acessaram dados privados de usuários de redes sem fio ao mesmo tempo.
O governo australiano diz que a Google cometeu "possivelmente o maior ato da invasão na história da privacidade".
Mas a empresa diz que acessou os dados por acidente, pediu desculpas e disse que colaborará com as investigações.
Segundo o correspondente da BBC em Sydney Nick Bryant, fontes da Google sugeriram que o governo australiano poderia estar perseguindo algum tipo de vingança corporativa contra a empresa.
A companhia tem criticado duramente os planos do governo de implementar um filtro de internet para bloquear material ilegal, dizendo que este tornaria a conexão mais lenta e filtraria erroneamente conteúdo legítimo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.Bruno critica falta de experiência do Flamengo
Bruno até procurou controlar as críticas ao Flamengo, mas não conseguiu. Após a derrota de virada para o Goiás no sábado, por 2 a 1, o goleiro reclamou da inexperiência e da ansiedade do elenco rubro-negro.
Welinton, Camacho, Bruno Mezenga e Diego Maurício foram alguns dos jovens jogadores que participaram da partida. "A ansiedade de ampliar o marcador, às vezes, atrapalha um pouco. A experiência faz a diferença nessas horas e para segurar mais a partida também. Faltou um pouco mais disso para a gente", avaliou o goleiro rubro-negro.
Apesar da insatisfação, Bruno procurou manifestar apoio aos jovens jogadores. "Não vou ficar aqui falando do que aconteceu. Não adianta ficar lamentando. E também não vou culpar um jogador que acabou de vir da base e está procurando seu espaço. Quando ganhamos, ganhamos todos. Se o time perde, também perdem todos", acrescentou.BP: setor precisa de novo padrão de segurança
O presidente mundial da BP, Tony Hayward, disse neste domingo que o funil de contenção que está sendo usado no vazamento do poço de petróleo no Golfo do México está captando cerca de 10 mil barris de petróleo por dia, cerca de 1,6 bilhão de litros. Hayward também disse que o vazamento é um sinal de que a indústria de petróleo precisa de novos padrões de segurança. "É inaceitável o que ocorreu e certamente a BP vai levar os padrões de segurança para um novo patamar completamente diferente", disse ele.
Hayward disse também que espera que a maioria do petróleo que está vazando seja captado pelo sistema de contenção. "Nós vamos implementar mais uma etapa do processo de contenção no decorrer da próxima semana e que estará funcionando no próximo final de semana. Quando tudo estiver funcionando, a expectativa é de captar a maior parte do petróleo que está vazando", disse. A estimativa dos cientistas do Departamento de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos é de que o vazamento está jogando no Golfo do México cerca de 12 mil a 19 mil de barris diários.
A BP tem sido extremamente criticada nas últimas semanas à medida que o vazamento afetou uma faixa enorme da costa do Golfo norte-americana, ameaçando provocar prejuízos massivos no meio ambiente e na economia. Hayward disse que a indústria está explorando petróleo em águas profundas há mais de 20 anos e nunca se deparou com um incidente como este antes. Segundo ele, sete barreiras de proteção foram quebradas. "O que nos leva a crer, vendo o que aconteceu, é que tudo isto ainda não é suficiente", disse. As informações são da Dow Jones.