domingo, 27 de junho de 2010

Com erro de juiz, Argentina bate México e vai às quartas com a Alemanha



A seleção da Argentina confirmou o favoritismo neste domingo e derrotou o México por 3 a 1, no estádio Soccer City, em Johannesburgo. A vitória, que garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Mundo, foi marcada por um grave erro da arbitragem no primeiro gol da partida.

Em posição de impedimento, Tevez abriu o placar aos 25 minutos de jogo, de cabeça. O gol abriu a retranca mexicana, que não resistiu ao bom volume de jogo do ataque rival e cedeu outros dois gols. No segundo tempo, Hernandez descontou com um belo gol, mas não foi o suficiente para ameaçar a vitória argentina.

O resultado repetiu o confronto das oitavas de final do Mundial de 2006, quando os argentinos eliminaram os mexicanos na prorrogação. E, assim como na Copa passada, o time sul-americano terá pela frente a Alemanha pela frente, no próximo sábado, às 11 horas (de Brasília), no estádio Green Point, na Cidade do Cabo.

Neste domingo, os alemães golearam a Inglaterra por 4 a 1 e se classificaram para disputar as quartas de final, em partida também marcada por uma falha da arbitragem. A Argentina tentará evitar o resultado do Mundial passado, quando foi eliminada nas cobranças de pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e 0 a 0 na prorrogação.

Já os mexicanos mantiveram a sina de cair nas oitavas de final de um Mundial. Foi a quinta vez seguida que a equipe foi eliminada nesta fase. O time buscava igualar as campanhas de 1970 e 1986, quando alcançou as quartas de final, ambas as vezes em uma Copa disputada em seu território.

O JOGO - Como aconteceu nas partidas anteriores, o México tomou a iniciativa e tentou dar velocidade ao jogo. Antes de completar o segundo minuto, a equipe levou perigo no primeiro lançamento para o ataque, buscando o atacante Giovanni dos Santos.

Mesmo com mudanças na defesa, a Argentina se segurou bem. O volante Verón ficou no banco, enquanto Maxi Rodriguez começou como titular. Sem Samuel, ainda machucado, Maradona escalou Burdisso na zaga, ao lado de Demichelis. Na lateral direita, Otamendi substituiu Gutierrez.

A defesa argentina, porém, não escapou de levar sustos no início. Foi o México quem criou as primeiras boas chances de gol e chegou com perigo por duas vezes em menos de um minuto. Aos 7 minutos, Salcido arriscou de muito longe e acertou o travessão, assustando o goleiro Romero. Na sequência, Guardado recebeu pela direita e bateu de fora da área. A bola fez uma curva e passou rente à trave esquerda da meta argentina.

Mas era o time de Maradona que controlava o jogo. Valorizava a posse de bola no meio de campo, à espera de um espaço na defesa rival para uma investida de Messi ou Tevez. Os mexicanos evitavam os contra-ataques ao avançar em velocidade e recuar com a mesma rapidez. Assim, deixava pouco espaço para o meio de campo argentino criar jogadas mais perigosas.

A defesa do México dava conta do serviço até que o assistente cometeu grave erro e acabou prejudicando a estratégia do técnico Javier Aguirre. Aos 25, Messi armou pelo meio e lançou Tevez, que parou na defesa. No rebote, o mesmo Messi deu novo lançamento para o atacante, em posição de impedimento, cabecear para o fundo das redes. Os jogadores mexicanos reclamaram bastante com o assistente, mas o árbitro confirmou o gol.

O gol irregular da Argentina abalou a equipe adversária, que caiu de produção e cedeu mais espaço em campo. A situação do time mexicano ficou mais complicada aos 32 minutos, quando Osorio vacilou na defesa e armou o segundo gol argentino. O lateral entregou a bola nos pés de Higuaín, que invadiu a área, driblou o goleiro e mandou para o gol. O atacante chegou ao seu quarto gol nesta Copa e se isolou na liderança da artilharia.

O segundo gol desequilibrou ainda mais a partida. Mesmo abatidos, os mexicanos não se intimidaram e foram para o ataque na tentativa de reduzir o placar. Contudo, a seleção não mostrou o mesmo desempenho do início do jogo. No melhor arremate, Rafa Marquez bateu de longe e parou nas mãos de Romero, aos 43 minutos. Nos acréscimos, Hernandez não conseguiu completar cruzamento perigoso na pequena área e o goleiro fez a defesa com tranquilidade.

Na volta do intervalo, o México repetiu a postura do início do jogo e foi para cima na tentativa de se manter com chances de vitória. Mas Tevez tratou de definir a partida logo aos 6 minutos, em um belo gol. Após cortar o marcador, ele bateu forte de fora da área e acertou o ângulo esquerdo do goleiro Perez.

O terceiro gol, porém, não desmotivou o México. Liderada pelo jovem Hernandez, a seleção de Aguirre não deu sossego para a defesa argentina. Aos 14, Barrera fez grande jogada individual pela esquerda, driblou o marcador e bateu fechado, na rede, pelo lado de fora. Três minutos depois, Hernandez cabeceou com perigo, por cima do gol. Aos 24, Heinze precisou se esticar para evitar o gol mexicano, ao desviar de cabeça na linha.

Depois de seguidas investidas, a equipe mexicana foi premiada aos 25 minutos. Hernandez recebeu na entrada da área, girou rápido sobre a defesa argentina e encheu o pé, sem dar chances para o goleiro Romero. O gol deu maior motivação aos jogadores. Mas, desta vez, o ataque mexicano parou na defesa da Argentina, cada vez mais recuada.

O reforço na zaga impediu uma goleada dos sul-americanos. Messi ficou mais isolado no setor ofensivo, enquanto Tevez foi substituído por Verón. O melhor jogador do mundo em 2009 até teve duas chances de gol, mas manteve o seu jejum de gols nesta Copa do Mundo.

Ficha Técnica:

Argentina 3 x 1 México

Argentina - Romero; Otamendi, Demichelis, Burdisso, Heinze; Mascherano, Maxi Rodriguez (Pastore), Messi e Di Maria (Gutierrez); Tevez (Verón) e Higuaín. Técnico: Diego Maradona.

México - Perez; Osorio, Rodriguez, Rafa Marquez e Salcido; Torrado, Guardado (Franco), Hernandez, Juarez, Bautista (Barrera); Hernandez e Giovanni dos Santos. Técnico: Javier Aguirre.

Gols - Tevez, aos 25, e Higuaín, aos 32 minutos do primeiro tempo. Tevez, aos 6, e Hernandez, aos 25 minutos do segundo tempo.

Cartão amarelo - Rafa Marquez (México).

Árbitro - Roberto Rossetti (Itália).

Público - 84.377 espectadores.

Local - Estádio Soccer City, em Johannesburgo (África do Sul).

Técnico eslovaco crê na vitória contra seleção holandesa

A vitória sobre a Itália por 3 a 2 motivou o treinador Vladimir Weiss a afirmar neste domingo que acredita no triunfo da Eslováquia na partida contra a Holanda, na segunda-feira, em jogo que definirá uma vaga para as quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul.

"Nós já aprendemos que no futebol tudo é possível. Mas isto é um velho clichê. Nós mostramos que podemos jogar contra equipes fortes e amanhã (segunda-feira) enfrentaremos um outro time complicado. Milagres acontecem. Nós queremos fazer um bom jogo e ao menos se igualar ao adversário", almeja o técnico, que disputou as quartas de final da Copa do Mundo da Itália, em 1990, quando jogava pela Checoslováquia.

Já o atacante Robert Vittek prefere ser menos ambicioso que o comandante eslovaco. Na sua opinião, a seleção europeia cumpriu a missão ao passar da primeira fase da Copa do Mundo.

"Para nós, será uma nova e fantástica experiência. Nós queremos focar apenas na partida. Somente teremos uma chance se jogarmos como fizemos no jogo contra a Itália", falou o jogador, que tem três gols no Mundial.

Cabral inaugura na Rocinha passarela feita por Niemeyer

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, inaugurou hoje a passarela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que liga o Complexo Esportivo da Rocinha à favela, em São Conrado, na zona sul do Rio.

Antes da chegada do governador, moradores da comunidade conhecida como Laboriaux protestaram contra a remoção de 840 famílias e pediram a reabertura da Escola Municipal Abelardo Chacrinha Barbosa, que está fechada desde a enchente de abril.

Uma moradora cadeirante reclamou da dificuldade de acesso à passarela para deficientes físicos, por causa de um degrau. A Empresa de Obras Públicas prometeu resolver o problema amanhã.

Na Bahia, Dilma evita falar em candidato preferido

Na última segunda-feira, a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, participou, em Salvador, da convenção do PMDB baiano, que lançou a candidatura do ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao governo do Estado. Apoiada por Geddel, Dilma elogiou o ex-colega de governo em discurso e disse que não poderia responder em quem ela indicaria o voto, em respeito ao atual governador e candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT).

Hoje, Dilma voltou a Salvador, desta vez para participar da convenção do PT, que tornou oficial a candidatura de Wagner. Aos jornalistas, a candidata voltou a dizer que não aponta preferências, "até porque não voto na Bahia", mas no palanque mostrou outra postura. "Eu, você (Wagner) e o presidente Lula somos irmãos de alma, participamos do mesmo projeto de transformação da Bahia e do Brasil", disse, durante o discurso.

Para não pedir votos explicitamente para o atual governador, Dilma ainda disse ter ligado, antes da convenção, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria pedido para repassar o recado de apoio a Wagner.

De acordo com o governador, não há razão para o eleitorado ficar confuso com o apoio de Dilma a ele e a Geddel. "Não verdade, não é ela quem pede votos a nós, somos nós que pedimos votos a ela", ponderou. Para não deixar dúvida, porém, Wagner lançou mão de alguns artifícios, como assumir o apelido Galego - como Lula o chama - na campanha e colocar uma fala do presidente em seu jingle. Diz o trecho da canção, em ritmo de forró: "Lula deu o recado / Desse galego, eu não abro mão / (Voz do presidente): ''Esse galego é meu irmão de fé. O povo vai votar em Wagner governador da Bahia''."

O governador, porém, não concorda com a tese de que sua campanha tenta vincular sua imagem à do presidente. "Não se trata de ''colar imagem'', mas de tocar um projeto político que estamos construindo há 30 anos", disse.

Wagner terá, como candidato a vice, Otto Alencar (PP) e, como candidatos ao Senado, os deputados Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB).

Em convenção tucana, Aécio critica alianças 'à força'

Insistindo na estratégia de vincular a candidatura adversária à ameaça de retrocesso, o PSDB de Minas Gerais realizou hoje sua convenção estadual para formalizar as candidaturas do governador Antonio Anastasia à reeleição e do ex-governador Aécio Neves ao Senado. Durante o evento, realizado na Assembleia Legislativa do Estado, Aécio comemorou a ampla coligação em torno do candidato tucano e criticou as alianças feitas "à força" e "por imposição", numa referência à coalizão entre PMDB e PT no Estado - que na próxima quarta-feira irá oficializar a chapa Hélio Costa/Patrus Ananias.

"Tudo que é imposto já nasce com um certo nível de rejeição", afirmou o ex-governador, principal estrela da convenção, que lotou o plenário do Legislativo mineiro.

Aécio manteve o discurso triunfalista, afirmando que espera que Anastasia vença a eleição no primeiro turno. "Vou estar de mangas arregaçadas, caminhando por toda Minas Gerais para que nós possamos continuar avançando, impedindo que qualquer retrocesso tome conta do nosso Estado."

Na mesma linha, Anastasia, durante seu discurso, conclamou os aliados a uma campanha para evitar que "Minas volte atrás". "Aqueles que pretendem negar o que foi feito em Minas Gerais terão um trabalho muito árduo."

Acompanhados do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidato ao Senado na chapa, Aécio e o governador chegaram ao local ao som da música "Amigo", popular composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Alianças

Além do PSDB, pelo menos outros 13 partidos (DEM, PPS, PP, PSB, PSC, PMN, PSL, PTB, PSDC, PRB, PDT, PTN e PT do B) integram a coligação. Hoje, o PSB e o PRB - partidos que apoiam a presidenciável petista Dilma Rousseff no plano nacional - confirmaram a aliança majoritária com os tucanos no Estado.

O presidente do PRB-MG, Rogério Colombini, destacou que a legenda fechou com os tucanos no plano estadual, mas o vice-presidente José Alencar está liberado para "subir no palanque que quiser". O PR também realizou convenção, mas, dividido entre o apoio a Costa e Anastasia, a definição deve ficar para a Executiva Nacional do partido.

Ataque à clínica de reabilitação mata nove no México

Nove pessoas morreram e outras nove ficaram feridas ontem no México, quando um grupo armado atacou a tiros os pacientes de um centro de reabilitação para viciados em drogas, no Estado de Durango. No momento dos disparos, havia cerca de 49 internos no centro, muitos fugiram quando escutaram os primeiros tiros.

Ramiro Ortíz, subprocurador geral de Justiça de Durango, disse que entre os assassinados está o dono do centro, Roberto Mayoral, que seria o principal alvo do ataque. Os corpos foram encontrados no pátio, no ginásio e em algumas das casas da clínica.

Atacante Edno está atrás do primeiro gol no Botafogo

O atacante Edno está aproveitando o recesso do Campeonato Brasileiro devido à realização da Copa do Mundo da África do Sul para se firmar na equipe principal do Botafogo, que realiza a intertemporada na Granja Comary, em Teresópolis, região serrana do Rio.

No início deste período de treinamentos, o jogador passou por um tratamento para uma lesão que tinha no púbis. "Estou readquirindo ritmo, condição física e técnica. É normal ainda acontecerem erros, porque ficamos dez dias longe da bola. Ainda não estou na melhor forma, mas estou pegando confiança. Antes já vinha jogando bem e ajudando a equipe, mas falta um golzinho para coroar", enfatizou Edno.

Após os titulares derrotarem o Macaé, por 1 a 0, no sábado, em jogo-treino de 45 minutos realizado no Estádio Engenhão, o Botafogo retornará nesta segunda-feira para Teresópolis, para acertar os últimos ajustes antes do início do Brasileirão. O clube carioca, que está na oitava colocação no campeonato, enfrentará o Flamengo, no dia 14 de julho, no Maracanã.

Jogadores pendurados são preocupação para o Brasil

Além da dificuldade do adversário e da tensão pela disputa de um jogo decisivo de Copa do Mundo, a seleção brasileira tem outra preocupação para enfrentar o Chile, nesta segunda-feira, a partir das 15h30 (horário de Brasília), no estádio Ellis Park, em Johannesburgo. Como os cartões amarelos não foram zerados depois da primeira fase, o Brasil entra nas oitavas de final com quatro jogadores pendurados, que correm o risco de suspensão.

Entre os pendurados, estão três titulares do técnico Dunga: o zagueiro Juan, o volante Felipe Melo e o atacante Luís Fabiano - o outro é o meia reserva Ramires. Assim, eles serão desfalque nas quartas de final da Copa, caso o Brasil consiga a classificação, se levarem cartão amarelo diante do Chile. Afinal, a Fifa promete zerar os cartões amarelos somente entre a semifinal e a grande final da competição disputada na África do Sul.

Apesar do risco de ser suspenso e de perder uma eventual disputa das quartas de final da Copa do Mundo, os jogadores brasileiros garantem que isso não irá interferir na atuação diante do Chile. "Ninguém vai ficar pensando durante o jogo se tem cartão. Num jogo como esse, não vai dar para se poupar. Se tiver que tomar um cartão, vai tomar", afirmou o volante Gilberto Silva, que é um dos principais líderes do grupo do Brasil.

Na primeira fase da Copa, o Brasil recebeu esses quatro cartões amarelos e também teve um jogador expulso - o meia Kaká levou vermelho diante da Costa do Marfim. Dunga, inclusive, já recomendou ao grupo que evite expulsões. "Temos que começar com 11 e terminar com 11", alertou o treinador. A partir de agora, porém, os jogos tendem a ficar mais disputados e nervosos. E os brasileiros prometem estar atentos a isso.

Com 'futebol-arte' e erro da arbitragem, Alemanha Goleia e tira Inglaterra da Copa


O gol de Klose, o brilhantismo de Özil, a habilidade de Schweinsteiger, o oportunismo de Müller... Todos esses ingredientes valorizaram ainda mais a goleada histórica da Alemanha sobre a Inglaterra por 4 a 1, neste domingo, em Bloemfontein. Porém, um erro grave do árbitro Jorge Larrionda e do auxiliar Mauricio Espinosa, que não assinalaram um gol claro a favor dos ingleses, acabou tirando um pouco do brilho da conquista da vaga às quartas de final pelos alemães.

Aos 38 minutos do primeiro tempo, o placar do estádio Free State indicava 2 a 1 para a Alemanha. No campo, Lampard chutou da entrada da área, a bola bateu no travessão, dentro do gol, novamente no travessão e parou nas mãos do goleiro Neuer. No entanto, o lance que resultaria no empate para os ingleses não foi validado pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda, muito em virtude do mau posicionamento do seu auxiliar.

A jogada irritou os jogadores da Inglaterra e, mais ainda, os torcedores que lotaram o Free State. Prova disso é que, na saída do intervalo, o barulho sempre ensurdecedor das vuvuzelas deu lugar a uma sonora vaia ao trio de arbitragem, que acabou se tornando protagonista do clássico entre Alemanha e Inglaterra.

Curiosamente, o lance deste domingo remete a outro acontecido em 1966. Na ocasião, Inglaterra e Alemanha disputavam a final da Copa do Mundo. Após o empate por 2 a 2 no tempo normal, o inglês Hurst acertou um belo chute, que bateu na trave e em cima da linha. O árbitro, no entanto, validou o gol, a equipe inglesa acabou vencendo por 4 a 2, e os alemães lamentam até hoje a marcação errada naquela decisão.

Antes desta jogada, no entanto, a Alemanha foi muito superior à Inglaterra. O técnico Fabio Capello teve opções para montar sua defesa, mas o setor não foi capaz de frear os habilidosos alemães. Upson, por exemplo, perdeu uma disputa com Klose após “lançamento” do goleiro Neuer. O erro permitiu ao atacante alemão abriu o placar, chegar a 12 gols ao longo da história e ficar a três de Ronaldo, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo.

Perdidos em campo, os ingleses ainda assistiram Podolski ampliar o placar e desperdiçar chances claras de marcar. No raro momento em que o time inglês conseguiu acertar alguma coisa, Upson aproveitou uma falha de Neuer para descontar.

No segundo tempo, os jovens alemães mostraram por que são apontados como favoritos ao título e ganharam a alcunha de sensação desta Copa do Mundo. Com uma variedade de dribles, rápidos contra-ataques e muita disposição, Schweinsteiger, Özil e Müller dominaram a faixa de meio-campo e, com dois belos gols, acabaram de destruir o frágil sistema defensivo adversário e completaram o vexame inglês neste Mundial. Já para a Alemanha, expectativa por um grande confronto com México ou Argentina na próxima fase.

Vettel vence de ponta a ponta, mas Hamilton segue líder

Após duas vitórias seguidas de Lewis Hamilton, o alemão Sebastian Vettel conseguiu neste domingo interromper o domínio da McLaren, que vinha também de duas dobradinhas nas últimas corridas. Largando da pole, o piloto da Red Bull venceu o GP da Europa, em Valência, de ponta a ponta. Hamilton, porém, chegou em segundo e se manteve na liderança do Mundial.

Mas a McLaren não deixou de mostrar a sua força e também colocou o atual campeão Jenson Button no pódio, mantendo assim os seus dois pilotos como os melhores da temporada. Em uma prova marcada pelo grave acidente do australiano Mark Webber, o destaque brasileiro foi Rubens Barrichello, quarto colocado após largar em nono. Já Massa decepcionou e ficou apenas com o 14.º lugar.

Com os resultados da prova espanhola, Hamilton soma 127 pontos, contra 121 do seu companheiro de equipe. Em terceiro aparece Vettel, acumulando 115, seguido por Webber, com 103. Assim, após nove das 19 etapas da Fórmula 1, os pilotos da Ferrari vão ficando longe do título. Nono colocado em Valência, Fernando Alonso é o quinto, enquanto Massa é apenas o oitavo no Mundial.

O GP da Europa, disputado em um circuito de rua, surpreendeu por proporcionar mais emoções do que esperado. No entanto, muito em parte ao acidente de Webber, que causou várias paradas nos boxes e depois algumas ultrapassagens. Além de Massa e Barrichello, os outros brasileiros na categoria fizeram uma corrida discreta, com Lucas di Grassi em 17.º e Bruno Senna em 20.º.

Logo na largada, Vettel já teve que superar o ataque de Hamilton, que passou facilmente por Webber e chegou a tocar no carro do alemão na primeira curva. Lento, o australiano também permitiu as ultrapassagens das Ferrari. Massa e Alonso, porém, logo ficariam para trás por causa da batida de Webber, ainda na nona volta, logo após o piloto da Red Bull já ter feito a sua primeira parada.

Depois de fazer o pit-stop para trocar os pneus, Webber atropelou o finlandês Heikki Kovalainen, provocando um acidente como há muito não se via na Fórmula 1. Kovalainen freou antes para a curva e o australiano não teve como evitar o choque, passando por cima da Lotus e chegando a ficar de cabeça para baixo antes de se chocar contra o muro, já com o carro desvirado.

Além do abandono de Webber e Kovalainen, o acidente provocou a entrada do safety car na pista, fato que definiu a sorte das Ferrari. Enquanto pilotos como Barrichello e Button aproveitaram para ganhar várias posições ao fazer suas paradas, Massa e Alonso tiveram que esperar mais uma volta para entrar no pit e acabaram prejudicados.

Massa caiu de quinto para 17.º, e Alonso foi de quarto para décimo. Enquanto isso, Vettel e Hamilton se mantiveram na ponta e o japonês Kamui Kobayashi começou a surgir como surpresa entre os primeiros. Já Hamilton teve a vida complicada por uma punição. Na volta 28, o inglês cumpriu um drive through por ultrapassar o safety car assim que o carro de segurança entrou na pista, mas voltou em segundo.

Nas últimas voltas, Kobayashi, que vinha em terceiro, teve que parar nos boxes e deu a posição de bandeja para Button. Mesmo assim, o piloto da Sauber ainda conseguiu ultrapassagens sobre Alonso e Buemi para terminar em sétimo, ficando logo atrás de Adrian Sutil, da Force India, e Robert Kubica, da Renault.

A classificação do GP da Europa, porém, ainda deve sofrer alterações. Além de Hamilton, que já cumpriu a punição na corrida, mais oito pilotos serão investigados por cometer irregularidades enquanto o safety car estava na pista. Entre eles estão Barrichello e Button.

Confira a classificação final do GP da Europa:

1.º - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1h40min29s571

2.º - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 5s042

3.º - Jenson Button (ING/McLaren) - a 7s658

4.º - Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 20s627

5.º - Robert Kubica (POL/Renault) - a 22s122

6.º - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 25s168

7.º - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 30s965

8.º - Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a 31s299

9.º - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 32s809

10.º - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - a 42s414

11.º - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 43s287

12.º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 44s382

13.º - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 45s890

14.º - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 46s621

15.º - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 48s239

16.º - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 48s826

17.º - Lucas di Grassi (BRA/Virgin) - a uma volta

18.º - Karun Chandhok (IND/Hispania) - a duas voltas

19.º - Timo Glock (ALE/Virgin) - a duas voltas

20.º - Bruno Senna (BRA/Hispania) - a duas voltas

21.º - Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a quatro voltas

Abandonos:

Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - volta 50

Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - volta 9

Mark Webber (AUS/Red Bull) - volta 9

Volta mais rápida: Button - 1min38s766

Acidente de barco deixa 42 feridos na Tailândia

Uma colisão de barcas que transportavam turistas deixou 42 pessoas feridas na Tailândia. O acidente ocorreu a uma distância de cerca de três quilômetros da ilha turística Koh Phangan, no sudoeste do país. Segundo informações da polícia local, a colisão ocorreu por volta da meia-noite de sábado.

Em meio à forte chuva, os passageiros foram jogados ao mar. Os turistas celebravam a tradicional festa da "Lua Cheia", que atrai centenas de jovens todos os meses. Dois irmãos tailandeses foram dados como desaparecidos, mas foram encontrados depois na ilha. Entre os passageiros, havia britânicos, australianos e irlandeses, entre pessoas de outras nacionalidades.

Após enchente, 200 famílias dividem 4 galpões em AL

A cerca que ladeia a BR-104 na entrada de Murici, na Zona da Mata de Alagoas, denuncia que a cidade, com 4,6 mil desabrigados pela enchente do Rio Mundaú, vive um momento delicado. Ela serve de varal para parte das pessoas que perderam suas casas. Quatro galpões ao lado da rodoviária são divididos por 200 famílias. "Até quando vou ficar aqui?", pergunta Patrícia Paula da Silva, de 40 anos, mãe solteira de quatro filhos. "Eu já vivia em estado de calamidade antes da cheia, mas tinha o meu canto."

Em Murici, seis pessoas morreram e 4.102 casas foram destruídas. No abrigo com só um banheiro, a maioria faz suas necessidades do lado de fora. Os abrigados tomam banho em um riacho barrento. O lixo se amontoa do lado de fora dos galpões. A principal distração das crianças é ficar "na tocaia" das doações. Quem dá roupas as deixa na igreja.

Na cidade, os 29 mil habitantes se viram como podem. Comerciantes reaproveitam o que restou nas suas lojas, gente que perdeu as casas vigia os imóveis para que ninguém retire entulho que possa ter uso.

Líbia diz que autorizará exploração da BP no país

A Líbia permitirá que a British Petroleum (BP) realize perfurações em águas profundas no país a partir de julho, apesar do enorme vazamento de petróleo no Golfo do México, disse hoje o presidente da estatal de petróleo da Líbia, Shokri Ghanem. Segundo Ghanem, o contrato assinado com a BP em 2007 será honrado. Este contrato autoriza a empresa a iniciar em julho perfurações em águas profundas no Mediterrâneo. Este é o primeiro projeto da BP no país africano em mais de 30 anos.

O vazamento no Golfo do México teve início em 20 de abril, quando uma sonda que estava sendo usada pela BP explodiu, deixando 11 mortos. O incidente aumentou bastante as preocupações relacionadas a perfurações offshore, uma vez que a BP ainda não conseguiu encontrar uma forma de conter o vazamento.

Segundo o jornal britânico ''Mail on Sunday'', a BP pretende receber 470 milhões de libras das seguradoras da Transocean Ltd., proprietária da sonda que explodiu. O jornal diz que as seguradoras, no entanto, entraram com uma ação judicial para obter uma declaração de que não têm a obrigação de oferecer cobertura à BP contra danos e gastos com limpeza.

Polícia apreende balões e detém suspeito no Rio

Policiais militares do Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente do Rio de Janeiro apreenderam quatro balões na manhã deste domingo. Um homem foi preso. A operação ocorreu na Rua Menta, em Gardênia Azul, em Jacarepaguá. Além dos balões, foram apreendidos também 50 caixas de fogos e um revólver calibre 22. Um homem ainda não identificado foi preso e levado para a delegacia.

No fim de semana passado, um balão teria provocado o incêndio em uma área de proteção ambiental no Morro dos Cabritos, em Copacabana, na zona sul. O fogo atingiu cerca de 40 mil metros quadrados, o equivalente a quatro campos de futebol, da encosta do Morro dos Cabritos voltada para a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Na prorrogação, Gana bate os EUA e mantém a África na Copa



Gana segue como a única esperança africana na Copa 2010. Jogando nos erros do rival, a seleção ganense bateu os Estados Unidos por 2 a 1, neste sábado, em Rustemburgo, na primeira prorrogação deste Mundial.
Desta forma, Gana repete o feito de Camarões na Copa de 90 e Senegal de 2002 - melhores campanhas africanas em Copas - e avança às quartas, onde enfrentará o Uruguai, nesta sexta-feira, às 15h30 (de Brasília), em Johannesburgo.

No retrospecto, o time africano levou a melhor pela segunda vez. No único jogo oficial entre as equipes, Gana venceu por 2 a 1 na primeira fase da Copa da Alemanha, em 2006.

MESMO FILME. Assim como aconteceu nos primeiros jogos dos Estados Unidos na Copa, o time saiu perdendo. Logo aos 5, Boateng roubou a bola de Clark no meio de campo, avançou em velocidade e bateu no canto, da entrada da área, sem chance para Howard.

Novamente tendo de correr contra o relógio atrás de um gol salvador, os norte-americanos foram à luta. Mas ao contrário do que aconteceu contra os rivais da primeira rodada - Inglaterra, Eslovênia e Argélia - Gana não se limitou apenas a se defender. Embora estivesse à frente do placar, o time africano tratou manter a posse de bola, à fim de segurar o já conhecido ímpeto norte-americano durante todo o primeiro tempo.
Com o passar do tempo, Gana foi abdicando do ataque e passou a sofrer pressão dos norte-americanos. E a insistência se mostrou a novamente a melhor arma da equipe dos Estados Unidos, que já havia corrido atrás do placar nos empates contra Inglaterra e Eslovênia e conseguiu a vitória salvadora na primeira fase sobre a Argélia apenas no último minuto.

Aos 14 do segundo tempo, Dempsey penetrou na área de Gana e foi derrubado por Jonathan Mensah. Pênalti, que Donovan converteu para marcar o seu terceiro gol na Copa e tornar-se um dos seus seis artilheros.

Mesmo depois de sofrer o empate, Gana continuou se arriscando pouco no ataque. Os Estados Unidos, mais do que satisfeitos com a sobrevida, também não se aventuraram muito no tempo normal.

FINAL DIFERENTE. Na prorrogação, Gana marcou novamente, mais uma vez em um lance em que um ganense tomou a bola de um norte-americano. Logo aos dois minutos, depois de um chutão para frente, Gyan trombou com Bocanegra, ganhou a jogada e bateu forte na saída de Howard, para marcar também o seu terceiro gol na Copa.

Sem forças, apesar de partirem com tudo na tentativa do novo empate, os Estados Unidos ainda brigaram até o final, mas não conseguiram passar pela aplicação de Gana na marcação.