quinta-feira, 24 de junho de 2010

Em 'amistoso de luxo', Holanda despacha Camarões e fica no caminho do Brasil


Classificada com antecedência, graças às vitórias nas duas primeiras rodadas, a Holanda pôde ter um privilégio nesta quinta-feira: disputar uma espécie de “amistoso” contra Camarões, seleção eliminada precocemente da Copa do Mundo. E, em ritmo de treino, os holandeses venceram os camaroneses por 2 a 1, terminaram em primeiro lugar no grupo E, e agora podem aparecer no caminho do Brasil na segunda fase.

O encontro entre holandeses e brasileiros pode acontecer apenas nas quartas de final. Porém, para isso, a Holanda precisa derrotar a Eslováquia, seu adversário no jogo desta segunda-feira, às 11h, e o Brasil, além de terminar em primeiro no grupo G, também terá de vencer o seu confronto pelas oitavas de final.

Além da Holanda, o grupo E ainda teve a surpreendente classificação do Japão. Os nipônicos venceram com propriedade a Dinamarca por 3 a 1, em Rustemburgo, e com isso serão os adversários do Paraguai, em jogo que acontece na terça-feira, às 11h, em Pretória.

A Holanda entrou em campo com quase toda a sua equipe ideal. A grande expectativa girava em torno da escalação de Arjen Robben, jogador que ainda não havia estreado neste Mundial por conta de problemas musculares. Aos 27min do segundo tempo, no entanto, o atacante substituiu Van der Vaart e pôde utilizar esta partida, principalmente, para recuperar o seu ritmo de jogo.

Porém, sem Robben desde o início, coube a Van Persie o papel de abrir o placar no primeiro tempo, após boa trama no lado direito do ataque da Holanda. Sem fazer muita força, os holandeses ainda desperdiçaram outras duas grandes chances de ampliar.

Na segunda etapa, o técnico Bert Van Marwijk começou a poupar jogadores, já pensando no próximo jogo da equipe. Dessa forma, Van Persie e Kuyt foram substituídos.

Se a Holanda jogava em ritmo lento, Camarões buscava, ao menos, deixar a África do Sul de forma menos vergonhosa. Coube a Eto’o, melhor jogador da equipe, o papel de cobrar o pênalti e marcar o segundo gol dele e da sua seleção nesta Copa do Mundo.

Nos minutos finais, os africanos ainda tiveram tempo de prestar uma homenagem a Rigobert Song que, ao entrar na partida desta quinta-feira, chegou à marca de quatro Copas do Mundo disputadas (as outras foram em 1994, 1998 e 2002). O defensor, no entanto, não conseguiu evitar um lançamento para Robben e, após a conclusão na trave, o reserva Huntelaar garantiu a vitória e o aproveitamento 100% dos holandeses.

Japão elimina Dinamarca com 3 a 1, quebra tabus e se classifica


O Japão chegou à Copa do Mundo desacreditado e apontado como a grande zebra do grupo E. Mas nesta quinta-feira, a seleção deu mais uma prova que seus críticos estavam errados. Apoiado por um sólido sistema defensivo e um ataque eficaz, o time asiático não deu chances à Dinamarca e levou a melhor por 3 a 1 em Rustemburgo para ratificar a vaga nas oitavas de final.
O triunfo da seleção de Takeshi Okada foi movido por uma série de novidades para o Japão em Copas. Os primeiros dois gols nipônicos foram marcados em cobranças de faltas, algo que a seleção nunca havia conseguido no torneio. Não só isso, como o time anotou seu gol mais rápido em Mundiais – aos 17min, com Honda.

O resultado também pôs um fim à tradição da Dinamarca de sempre se classificar para a segunda fase do torneio. Até esta quinta, a equipe havia avançado para a fase decisiva em todas as outras Copas que havia disputado. A esquadra nipônica, por outro lado, confirmou a classificação para as oitavas de final pela primeira vez em um Mundial disputado fora de seu território.

No fim, a Holanda encerrou a primeira fase com nove pontos, na liderança do grupo E, e agora enfrentará a Eslováquia. O Japão ficou em segundo, com seis, e terá o Paraguai como próximo rival. Dinamarca, com três pontos, e Camarões, sem nenhum, completam a chave.

A seleção asiática chegou à África do Sul sob críticas devido às quatro derrotas consecutivas antes da Copa. Mas o que se viu quando o torneio começou foi uma equipe bastante entusiasmada e com forte poder de marcação. Nesta quinta, não foi diferente.

O confronto começou como esperado. Precisando vencer, a Dinamarca tomou controle das ações no meio-campo, enquanto o Japão apostou nos contra-ataques. E aos 17min, os comandados de Takeshi Okada conseguiram o que desejavam. Honda abriu o placar em cobrança de falta ajudado por falha de Sorensen e deixou a situação de seu time mais confortável.

A seleção de Morten Olsen sentiu o gol adversário. Atrás no placar, a equipe teve dificuldades para avançar. Foi aí que o Japão aproveitou para aumentar a vantagem. Aos 29min, Endo bateu falta com perfeição e ampliou o placar para o time asiático, que seguiu tranquilo na marcação até o intervalo.

Na etapa final, a Dinamarca foi para o ataque na base do desespero. Morten Olsen deixou a equipe escandinava apenas com Agger na zaga e todo o restante do time pressionando.

Apesar do ímpeto ofensivo da seleção europeia, poucas chances claras de gol foram criadas. Até que aos 36min, a Dinamarca finalmente saiu do zero depois de tanto pressionar. Tomasson errou a cobrança de pênalti, mas aproveitou a sobra para descontar. Mas já era tarde, e o gol não impediu a queda da equipe na Copa do Mundo. Aos 43min, Okazaki ainda fez o terceiro em jogada de contra-ataque e selou o triunfo japonês.

Paraguai só empata, mas confirma força sul-americana e se classifica em primeiro


A surpreendente Nova Zelândia até conseguiu segurar o Paraguai, mas isso não foi suficiente para estragar a festa dos jogadores guaranis. Reforçando o atual bom momento das seleções sul-americanas, os paraguaios ficaram no 0 a 0 com a equipe da Oceania, nesta quinta-feira, e avançaram às oitavas de final como os primeiros colocados do grupo F.
Se a classificação do Paraguai pode ser considerada normal, já que a equipe liderava a sua chave antes desta terceira rodada, o dono da segunda vaga surpreendeu. A Eslováquia derrotou a Itália por 3 a 2 e terminou no segundo lugar, eliminando assim os italianos.

Para a Nova Zelândia, que participou apenas da sua segunda Copa do Mundo, serve como alento o fato de a equipe deixar a competição invicta, com três empates.

Agora, paraguaios e eslovacos aguardam o desfecho do grupo E, que já tem a Holanda entre os garantidos nas oitavas, para saber quais serão seus próximos adversários. O Paraguai fará sua partida na terça-feira, às 11h, em Pretória, enquanto a Eslováquia entra em campo no mesmo horário, mas na segunda-feira, em Durban.

Com a confirmação da vaga do Paraguai, a América do Sul conta agora com quatro representantes na próxima fase, já que Argentina, Uruguai e Brasil – este por antecipação -, já estão nas oitavas. A última seleção sul-americana na disputa é o Chile, que jogará nesta sexta-feira, contra a Espanha, precisando de um empate para ficar entre os 16 melhores.

Mesmo sem o zagueiro Alcaraz, que marcou o primeiro gol paraguaio nesta Copa do Mundo, o meia Jonathan Santana (ambos contundidos) e o atacante Lucas Barrios (que entrou apenas no segundo tempo), o Paraguai não se intimidou e comandou as ações durante a maior parte do jogo.

Já a Nova Zelândia, por sua vez, apostou no mesmo esquema de jogo que culminou no melhor resultado do país em sua curta história na Copa do Mundo: o empate por 1 a 1 com a Itália, na segunda rodada. Desta forma, os neozelandeses exploravam rápidos contra-ataques e, principalmente, bolas alçadas na área adversária.

Essa tática, no entanto, não chegou a preocupar os paraguaios, que conseguiram dominar o meio-campo com facilidade.

Porém, os muitos erros de passes entre os jogadores do Paraguai tornaram o jogo no Peter Mokaba, em Polokwane, extremamente monótono para os torcedores.

Nos últimos 15 minutos, a Nova Zelândia até buscou adiantar a sua equipe para surpreender os paraguaios e ficar com a vaga, mas a falta de habilidade dos neozelandeses ficou evidente. Quando conseguia passar, a arbitragem assinalava alguma irregularidade. Do outro lado, o Paraguai não se desesperou e soube segurar o resultado que o favorecia.

Itália volta a decepcionar, confirma fiasco e dá adeus à pior Copa de sua história


Desta vez, o peso da camisa não fez a diferença. A Itália voltou a decepcionar e não evitou a tragédia em Johanesburgo nesta quinta-feira. Novamente sem inspiração, a Azzurra acabou superada pela Eslováquia por 3 a 2. Desta forma, foi eliminada com sua pior participação na história dos Mundiais e de quebra viu o rival do leste europeu se classificar após um duelo dramático e decidido nos acréscimos.
Esta é a primeira vez que a seleção italiana deixa um Mundial sem vencer. Mas em nenhum momento, a esquadra azul deu sinais de que seu destino seria diferente. Após duas partidas sem convencer, a equipe de Marcello Lippi não desencantou e voltou a abusar dos erros nesta quinta. Como resultado, só pôde lamentar a eliminação.

Na verdade, a Itália já havia chegado à África do Sul sob forte clima de desconfiança. A equipe estava tão em baixa, que não havia vencido um jogo sequer em toda a temporada. Ainda assim, havia a expectativa que tudo mudaria no Mundial, o que não aconteceu.

Melhor para a Eslováquia, que quebrou todos os prognósticos e ratificou a classificação à segunda fase em sua primeira participação na Copa desde 1990, quando ainda formava, junto com a atual República Tcheca, a Tchecoslováquia. O Paraguai encerrou o grupo F na liderança, com cinco pontos, seguido pelo time do leste europeu (quatro pontos), Nova Zelândia (3) e Itália (2).

A partida começou com um problema até então inédito para a atual campeã no torneio. Com bom aproveitamento de passes, a Eslováquia dominou mais de 60% da posse de bola e deu poucas chances à equipe de Marcello Lippi. Porém, mesmo quando saía para o jogo, a Azzurra não correspondia. Tanto, que aos 24min Vittek aproveitou erro de De Rossi na saída de bola e abriu o placar.

Bastou apenas isso para a apreensão tomar conta dos italianos. A imagem de Buffon e Pirlo no banco de reservas ilustrava bem esse sentimento: sem poder atuar por lesão, os dois exibiam semblantes de desespero enquanto o time lutava em vão para empatar o duelo até o intervalo.

Lippi fez o que pôde para mudar o jogo no início do segundo tempo. Promoveu as entradas de Quagliarella e Maggio, mas as mudanças não alteraram o panorama da partida. A Itália seguiu com dificuldades para se aproximar da área rival, enquanto a Eslováquia se segurou na defesa.

Insatisfeito, Lippi apostou em sua última cartada: colocou Pirlo, que ainda se recuperava de lesão, para evitar o desastre. Mas a Itália não tinha nada a seu favor. E contou ainda com um lance extremamente duvidoso aos 21min, quando Skrtel afastou a bola em cima da linha do gol.

No fim, nada fez efeito para os atuais campeões. Aos 28min, Vittek voltou a marcar após cobrança de escanteio. Sete minutos depois, Di Natale descontou e manteve as esperanças dos italianos. Mas a Eslováquia se segurou e selou o rumo da partida com gol aos 43min de Kopunek. Aos 46min, Quagliarella ainda fez o segundo da Azzurra, mas não evitou a queda da equipe.

Estratégia no Afeganistão não muda com saída de comandante, diz Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que a estratégia militar no Afeganistão não será afetada pela demissão do general Stanley McChrystal, o principal comandante americano dos Estados Unidos no país da Ásia central.

Segundo Obama, será uma "mudança de pessoal, mas não de política".

McChrystal foi forçado a deixar o cargo depois de ter concedido uma entrevista zombando de altos funcionários do governo, a ser publicada na edição da revista Rolling Stone que chega às bancas nesta sexta-feira.

O general britânico Nick Parker assumiu o comando interino das forças da Otan no Afeganistão, até que a nomeação do general americano David Petraeus para substituir McChrystal seja confirmada pelo Congresso dos EUA.

O general Petraeus foi o arquiteto do plano de aumento do número de tropas no Iraque.

Outros países ocidentais envolvidos na luta contra os insurgentes no Afeganistão confirmaram que a estratégia não vai mudar.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que, apesar de o general McChrystal não estar mais à frente das forças multi-nacionais no Afeganistão, "a maneira de agir que ele ajudou a colocar em prática é a certa".

"A estratégia continua a ter o apoio da Otan, e nossos soldados vão continuar a levá-la adiante", disse ele.

Por outro lado, agências de notícias internacionais anunciaram que o mês de junho registrou o número mais alto de mortos de soldados estrangeiros na guerra no Afeganistão.

Segundo a agência Associated Press (AP), 80 soldados morreram, entre eles quatro soldados da Otan, mortos em um acidente no sul do país, na quarta-feira. Um porta-voz do Exército americano disse à AP que os quatro não eram americanos, mas não informou de que nacionalidade eram.

Futuro incerto

A atual estratégia contra os insurgentes no Afeganistão, estabelecida pelo general McChrystal, combina o aumento do número de tropas, maior proteção aos civis e mais responsabilidade para autoridades afegãs.

A demissão do general McChrystal não alterou sua patente, mas segundo o jornal americano New York Times, seu futuro no Pentágono é incerto.

As forças americanas e da Otan estão envolvidas em uma operação-chave contra o Talebã na cidade de Kandahar, sul do país, e seus arredores.

No início do mês, o general McChrystal disse que a operação em Kandahar iria ocorrer de forma mais lenta do que o planejado para garantir o apoio dos moradores locais.

A estratégia americana também prevê que o número de soldados estrangeiros no país chegue a 15 mil até agosto.

Em seu perfil a ser publicado pela revista Rolling Stone, McChrystal e seus assessores teriam zombado do presidente Obama e de outros altos funcionários do governo.

Na entrevista, o general descreveu como "doloroso" o período no ano passado, em que o presidente Obama se moveu lentamente para aprovar o envio de mais milhares de soldados americanos para o Afeganistão.

E ao se referir a uma reunião crucial entre o general e o presidente no Salão Oval da Casa Branca, no ano passado, um de seus assessores disse que "o presidente não pareceu muito envolvido. O chefe (general McChrystal), ficou muito decepcionado".

'Pesar'

O anúncio de que o general McChrystal deixaria o posto foi feito depois de um encontro com o presidente Obama na quarta-feira, na Casa Branca, em que os dois discutiram o artigo da revista.

Obama disse que tomou a decisão de substituir McChrystal "com pesar", mas acrescentou que ele falhou em "cumprir os padrões que deveriam ser estabelecidos por um general no comando".

"Não tomei esta decisão com base em nenhuma diferença de política com o general McChrystal... nem tomei a decisão por qualquer sensação de insulto pessoal", disse Obama.

O presidente afirmou que acolhe o debate em sua equipe, mas que não vai tolerar divisão.

Em um comunicado, McChrystal afirmou que renunciava por conta de um "desejo de ver a missão bem sucedida".

"Apoio fortemente a estratégia do presidente no Afeganistão e estou profundamente comprometido com nossas forças da coalizão, nossos países parceiros e o povo afegão", disse ele.

Adolescente acusado de estuprar irmã de quatro anos diz que mãe era 'paranóica'

Um adolescente acusado de estuprar a irmã de seis anos de idade em Birmingham, na Inglaterra, disse que sua mãe era "paranoica" porque brigava com os filhos quando os via a sós com a menina no quarto.

O réu, de 13 anos, é acusado junto com seu irmão de 15 de abusar da criança repetidas vezes entre os anos de 2006 e 2009. Os abusos teriam começado quando ela tinha quatro anos de idade.

O julgamento dos dois está em andamento. Ambos negam as acusações.

O adolescente de 13 anos disse que a mãe agia como uma "paranoica" porque ralhava cada vez que via os filhos a sós com uma das irmãs no quarto.

"Quando eu brincava com uma das minhas irmãs no quarto ela vinha e me dizia: 'Vocês não podem ficar só os dois no mesmo quarto'", disse o adolescente.

"Acho que ela deve ser paranoica."

O irmão mais velho também foi acusado de ter estuprado a outra irmã, agora com dez anos de idade.

Abusos

O caso veio à tona pela mãe, cujo nome não foi revelado, que entrou em contato com assistentes sociais quando a filha mais nova, hoje com sete anos de idade, revelou ter sido apalpada de forma indecente pelo irmão.

Os jurados assistiram a uma entrevista gravada com a menina na qual ela descreve os abusos enquanto brinca com um trenzinho.

A menina contou ao policial que um dos irmãos a atacou 15 vezes e o outro, pelo menos dez vezes.

Na semana passada a irmã mais velha, hoje com dez anos de idade, disse ao júri que também foi molestada duas vezes.

O irmão mais velho responde por duas acusações de estupro e quatro de abuso sexual de criança. Já o irmão mais novo enfrenta duas acusações de estupro e duas de abuso sexual.

Nenhum dos envolvidos teve seu nome revelado.

Itália precisa vencer para não correr riscos

Como de costume, a Itália complicou-se na primeira fase da Copa do Mundo e precisará vencer a Eslováquia nesta quinta-feira, às 11 horas (de Brasília), no estádio Ellis Park, em Johannesburgo, para avançar às oitavas de final. O problema é que seu adversário também lutará pela classificação. Os italianos são vice-líderes do Grupo F, com dois pontos. Para se classificar sem depender de ninguém, precisará da vitória. Se empatar, precisará torcer para que o Paraguai derrote a Nova Zelândia no outro jogo da chave. Os eslovacos também avançam se vencer e se os neozelandeses não ganharem.

Depois dos empates por 1 a 1 com Paraguai e Nova Zelândia, a Itália acabou com sua margem de erro. Se tropeçar corre o risco de tomar o caminho de volta para Roma. "Nosso Mundial tem que começar agora", cobrou o técnico Marcelo Lippi. "Não tenho medo e sim muita confiança. Não é a primeira vez que vamos para um partido de tudo ou nada", disse o lateral-direito Zambrotta, um dos remanescentes do título de 2006.

Pressionado, o treinador não divulgou a escalação, mas pode promover a estreia do meio-campista Pirlo, que desfalcou a equipe nos dois primeiros jogos devido a uma lesão muscular. Outra possível mudança é a entrada de Camoranesi no lugar de Pepe ou Marchisio.

O técnico Wladimir Weiss não deve mudar a formação da Eslováquia, que na última rodada perdeu por 2 a 0 para o Paraguai. "A Itália não tem pontos fracos, senão não seriam os atuais campeões. Têm bons jogadores e um grande técnico, apesar de não estarem jogando o futebol a que estão acostumados nessa Copa", elogiou. "Vamos fazer de tudo para passar (de fase). Queremos ser ousados, mas temos de ser racionais, porque os nossos adversários são os campeões".

As duas seleções só se enfrentaram uma vez na história, em 1998, num amistoso vencido pelos italianos por 3 a 0. Weiss, porém, esteve em campo na vitória da "Azzurra" por 2 a 0 sobre a Tchecoslováquia, país ascendente da Eslováquia, na Copa do Mundo de 1990.

FICHA TÉCNICA:

Eslováquia x Itália

Eslováquia - Mucha; Zabavnik, Durica, Skrtel e Cech; Weiss, Strba, Hamsik e Jendresik; Sestak e Vittek. Técnico: Wladimir Weiss.

Itália - Marchetti; Zambrotta, Chielini, Cannavaro e Criscito; De Rossi, Montolivo (Pirlo), Marchisio (Camoranesi) e Pepe (Camoranesi); Iaquinta e Gilardino. Técnico: Marcelo Lippi.

Árbitro - Howard Webb (Inglaterra).

Horário - 11 horas (de Brasília).

Local - Estádio Ellis Park, em Johannesburgo (África do Sul).

Paraguai tenta confirmar liderança contra Nova Zelândia

O Paraguai busca nesta quinta-feira, às 11 horas (de Brasília), no estádio Peter Mokaba, em Polokwane, a sua quarta classificação para as oitavas de final de uma Copa do Mundo, como fez em 1986, 1998 e 2002. Mas terá pela frente um adversário ávido por fazer história. A Nova Zelândia chegou à África do Sul praticamente incógnita, mas pode conquistar uma inédita e surpreendente passagem de fase.

Líderes do Grupo F, com quatro pontos, os paraguaios avançam com um empate e até mesmo com derrota, desde que a Eslováquia não vença a Itália no outro jogo. A Nova Zelândia precisa vencer ou até mesmo empatar, desde que eslovacos e italianos também fiquem na igualdade e que estes últimos terminem com menos gols marcados.

Teoricamente, o Paraguai já passou pelos dois adversários mais fortes da chave - empatou com a Itália e venceu a Eslováquia. Mas o técnico Gerardo Martino não admite que sua equipe relaxe contra os neozelandeses. Tanto que nem sequer poupará os jogadores pendurados com cartão amarelo. "Temos que cuidar de todas as maneiras para não sermos surpreendidos e conseguirmos um resultado positivo para nos classificar", disse o volante Vera. "Será um jogo difícil e temos que começar como se fosse uma final", completou o zagueiro Da Silva.

O time sul-americano deve ter força máxima e manter o esquema com três atacantes, Valdez, Santa Cruz e Lucas Barrios. Tudo para confirmar o primeiro lugar e fugir de um possível confronto com a Holanda nas oitavas de final - pegaria Japão ou Dinamarca, que lutam pelo segundo lugar do Grupo E.

A Nova Zelândia, que disputa apenas seu segundo Mundial, jogará motivada para fazer história. E vem embalada por ter arrancado um empate por 1 a 1 com a Itália, atual campeã mundial. "Tudo é possível e estamos fazendo um bom papel para um time que nem deveria estar jogando a Copa", disse o técnico Rick Herbert, ironizando o fato de sua seleção ter sido favorecida pela mudança da Austrália para as Eliminatórias Asiáticas.

FICHA TÉCNICA:

Paraguai x Nova Zelândia

Paraguai - Villa; Morel, Alcaraz e Da Silva; Bonet, Riveros, Cáceres e Vera; Valdez, Roque Santa Cruz e Lucas Barrios. Técnico: Gerardo Martino.

Nova Zelândia - Paston; Reid, Nelson, Vicelich e Smith; Bertos, Elliot, Lochhead e Fallon; Killen e Smeltz. Técnico: Rick Herbert.

Árbitro - Árbitro: Yuichi Nishimura (Japão).

Horário - 11 horas (de Brasília).

Local - Estádio Peter Mokaba, em Polokwane (África do Sul).

Austrália bate Sérvia, mas frustra torcida e fica fora das oitavas no saldo de gols


Contando com uma das maiores torcidas da Copa do Mundo, que desde o primeiro jogo colore de amarelo as arquibancadas sul-africanas, a Austrália mostrou um bom poder de reação e venceu a Sérvia por 2 a 1, mas acabou ficando de fora das oitavas de final.
O time australiano, que mais uma vez ouviu seus torcedores cantando o hino do país a plenos pulmões antes de a bola rolar, ficou com os mesmos quatro pontos de Gana, mas terminou com três gols a menos de saldo, já que a equipe africana perdeu por apenas 1 a 0 para a Alemanha no outro jogo da chave e se classificou.

O equilíbrio foi a tônica do inicio da partida entre sérvios e australianos, que tinham posse de bola parecida. A diferença aparecia no momento das saídas rápidas ao ataque. O time europeu tinha mais qualidade no passe. Sempre que ia à frente, chegava com perigo ao gol da Austrália, pecando apenas no momento das finalizações.

Os australianos até tocavam mais a bola, ficavam um pouco mais de tempo com ela, mas não conseguiam entrar na defesa adversária, tanto por conta da força defensiva da Sérvia quanto pela falta de qualidade e recursos dos homens de frente da equipe da Oceania. As melhores oportunidades eram nos lances de bola parada.

A partir dos 30min do primeiro tempo, os sérvios começaram a dominar a partida de forma mais incisiva. Com jogadores mais habilidosos no meio-campo, como Kusmanovic, e atacantes mais inspirados, a exemplo de Krasic, a Sérvia dava muito trabalho ao goleiro Schwarzer, que ia salvando o time australiano.

A Austrália começou o segundo tempo apostando na marcação sob pressão, apertando a Sérvia na saída de bola. O recurso fez efeito apenas nos primeiros minutos, pois logo a seleção europeia encontrou uma maneira de ir ao ataque: passes rápidos e de primeira.

A partir dos 15min da etapa complementar o jogo passou a tomar contornos de drama, já que a Alemanha abriu o placar contra Gana. Nesse cenário, os australianos precisariam fazer quatro gols para ir às oitavas de final. Já aos sérvios, uma vitória simples já era o suficiente.

Até por isso, os australianos passaram a pressionar, o que logo surtiu efeito. Com 24 min do segundo tempo, Tim Cahill, que voltava ao time depois de cumprir suspensão por cartão vermelho na estreia, subiu mais que a defesa sérvia para cabecear e marcar.

Precisando tirar o saldo, a reação australiana foi fulminante. Apenas quatro minutos depois de ter aberto o placar, a equipe conseguiu ampliar. Em chute da intermediária, Holman, que tinha acabado de entrar, fez o segundo gol da partida.

A Sérvia ainda conseguiu marcar um gol no final da partida, com Pantelic, mas não foi o suficiente para dar a vaga ao time nas oitavas de final da Copa do Mundo.

Vitória contra Gana dá vaga à Alemanha, mas também garante africanos nas oitavas


A Alemanha venceu Gana por 1 a 0, nesta quarta-feira, mas não houve motivos para nenhum torcedor que esteve no Soccer City ficar decepcionado. O resultado, além de colocar os alemães nas oitavas de final, também deu a vaga aos ganenses, que com isso garantiram pelo menos a presença de uma seleção africana entre as 16 melhores desta Copa do Mundo.

Antes dos confrontos decisivos desta terceira rodada, o grupo D se mostrou um dos mais equilibrados, com os quatro integrantes com chances reais de classificação. Porém, a vitória colocou os alemães com seis pontos, na primeira colocação, e deixou os ganenses em segundo, com quatro. Os africanos, no entanto, só levaram vantagem sobre a Austrália (que venceu a Sérvia por 2 a 1), no saldo de gols.

O sentimento de alegria da Alemanha, no entanto, deve dar lugar à apreensão, já que o adversário da equipe nas oitavas de final será a Inglaterra. A partida acontece neste domingo, às 11h, em Bloemfontein. Gana, por sua vez, encara os Estados Unidos, um dia antes, em Rustemburgo.

A Alemanha foi para o jogo sem o seu goleador. Miroslav Klose, que já marcou 11 gols ao longo da história da Copa do Mundo, recebeu cartão vermelho na última rodada e foi substituído por Cacau, brasileiro naturalizado. Além dele, a outra novidade da equipe alemã foi a entrada de Boateng na lateral direita, levando assim o capitão Philipp Lahm para a esquerda.

Mesmo sem a sua referência no ataque, a Alemanha mostrou volume de jogo e atacou como pôde Gana. Os representantes da África, no entanto, corresponderam na mesma moeda, fato que tornou o primeiro tempo muito movimentado, apesar da ausência de gols.

Esse problema, no entanto, foi resolvido por Ozil no início da segunda etapa. Depois de perder uma chance clara de frente para o goleiro, desta vez o camisa 8 não errou e, com um belo chute no ângulo, garantiu a vitória à Alemanha.

A derrota em campo, no entanto, não acabava com os sonhos de Gana de repetir a última Copa do Mundo e chegar às oitavas de final. Porém, à medida que a Austrália ia marcando gols contra a Sérvia, na outra partida do grupo D, os ganenses passaram a fazer contas e correr em busca do empate. No final, no entanto, os dois times comemoraram no gramado a suada vaga na próxima fase.

'Remodelada', Inglaterra vence, abafa crise e pega Alemanha nas oitavas


Depois de dois empates pouco convincentes e um princípio de crise, a Inglaterra mudou. Porém, mais do que novos titulares ou posicionamentos em campo, a equipe inglesa esboçou uma postura diferente e, com isso, conquistou sua primeira vitória ao derrotar a Eslovênia por 1 a 0, nesta quarta-feira, e garantir sua vaga nas oitavas de final.

Além da primeira derrota no Mundial, os eslovenos também viram a classificação inédita às oitavas de final escapar nos últimos instantes. No outro jogo do grupo, os Estados Unidos fizeram 1 a 0 aos 46min do segundo tempo e, com isso, avançaram em primeiro lugar, deixaram os ingleses em segundo e a Eslovênia ficou fora.

Agora, a Inglaterra fará o clássico com a Alemanha logo nas oitavas de final, já que os alemães terminaram em primeiro lugar no grupo D. A partida acontece no próximo domingo, às 11h, em Bloemfontein. Os Estados Unidos, por sua vez, terão pela frente a seleção de Gana, neste sábado, às 15h30, em Rustemburgo.

Após ter a escalação da equipe questionada publicamente pelo zagueiro John Terry, o técnico Fabio Capello resolveu mudar novamente o time titular. Porém, Joe Cole, defendido pelo ex-capitão do English Team, permaneceu no banco de reservas e foi opção no segundo tempo. As novidades foram Upson no lugar do suspenso Carragher, Milner no de Lennon e Defoe, que ganhou o lugar de Heskey no ataque.

Até por essas mudanças, o gol inglês deve ser creditado a Capello, já que Milner, que não teve uma atuação brilhante, fez um ótimo cruzamento e Defoe, com apenas 1,70m, se antecipou à defesa eslovena para vencer o bom goleiro Handanovic e abrir o placar.

Além da mudança de jogadores, Capello também alterou o posicionamento do seu meio-campo. Milner, que na estreia jogou pela esquerda, desta vez foi escalado na direita. Com isso, Gerard foi deslocado para o lado oposto, deixando Lampard e Barry mais ao centro.

Grande esperança dos ingleses, Rooney também foi diferente dos dois primeiros jogos. O atacante fez boa parceria com Gerrard e Defoe, chegou a acertar uma bola na trave, mas segue sem balançar as redes.

Independentemente do jejum de gols de Rooney, que não marca há sete jogos pela seleção, a Inglaterra soube se desvencilhar da marcação adversária e, com a disposição esperada de uma das favoritas ao título, conseguiu impor seu jogo. Os eslovenos, no entanto, mostraram que não se classificaram à toa e, nos últimos 20min, acuaram os ingleses e por pouco não conseguiram o empate.

Em jogo dramático, Estados Unidos marcam nos acréscimos e vão às oitavas


Depois de mais de 90 minutos de pressão e sofrimento em Pretória, precisou uma bola sobrar livre para a estrela dos Estados Unidos, Landon Donovan, já nos acréscimos do segundo tempo, marcar o gol da vitória de 1 a 0 sobre a Argélia e garantir o time nas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul.
Ainda assombrados com o erro de arbitragem do 2 a 2 contra a Eslovênia, os norte-americanos sofreram novamente com um gol anulado de forma errada no primeiro tempo, mas de maneira dramática, conseguiram a vitória no final.
Além da vaga no mata-mata, o time comandado pelo técnico Bob Bradley também terminou na primeira colocação do grupo C do Mundial e agora irá enfrentar Gana, neste sábado, às 15h30. No outro jogo da chave, a Inglaterra venceu a Eslovênia apenas por 1 a 0, ficando atrás na tabela por ter marcado menos gols, e irá encarar a Alemanha na próxima fase.

Os Estados Unidos começaram mostrando que tinham mais recursos técnicos que os argelinos, ficando mais com a posse de bola, tocando com facilidade no meio-campo e saindo de forma mais incisiva ao ataque

Mas se os meias iam bem na seleção dos EUA, a defesa colocava todo esse trabalho em perigo. Com menos de 10min de jogo, os zagueiros norte-americanos bateram cabeça em pelo menos duas oportunidades, gerando chances de perigo para a Argélia, com uma delas redundando em um chute na trave.

A partir dos 25min do primeiro tempo, a seleção argelina conseguiu equilibrar as ações e até ficar mais com a bola em seus pés, chegando com perigo ao gol rival. Só que os norte-americanos eram perigosos nos contra-ataque. Tiveram pelo menos duas boas chances, incluindo um gol anulado de forma errada.

O segundo tempo começou tenso por conta do resultado da outra partida da chave. A Inglaterra foi para o intervalo vencendo a Eslovênia por 1 a 0, resultado que eliminava norte-americanos e argelinos se o jogo entre eles terminasse empatado.

A Argélia não iniciou tão recuada quanto na etapa anterior, mas também mostrava fragilidade em seu setor defensivo. Sempre que os norte-americanos Donovan, Altidore e Dempsey ficavam no mano a mano com os zagueiros rivais, levavam vantagem.

Nos momentos mais nervosos da partida, se faltava habilidade aos jogadores dos Estados Unidos, sobrava vontade. Os argelinos apostavam nos toques rápidos, mas não encontravam uma maneira de entrar na defesa adversária, sempre bem postada.

Sem condições de chegar com efetividade ao ataque, a seleção da Argélia voltou a ficar mais em seu campo de defesa, para tentar usar as saídas rápidas.

Quando poucos acreditavam que um gol poderia sair para qualquer um dos lados, os norte-americanos conseguiram se superar. Já nos acréscimos do segundo tempo, após bola rebatida pela defesa argelina, ela sobrou livre para Donovan marcar e confirmar a vitória dramática dos EUA.