Os agentes públicos e candidatos a cargos na próxima eleição estão proibidos de praticar várias ações a partir deste sábado, 3, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A prática de alguma das condutas proibidas pela lei estará sujeita a multa de cinco a cem mil Ufirs.
Segundo o TSE, a Lei das Eleições, em seu artigo 73, proíbe os agentes públicos de realizarem várias ações a partir de três meses antes das eleições gerais. Algumas condutas poderiam afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos, como a transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios. Os agentes estão proibidos também de contratar shows artísticos com recursos públicos para inaugurações.
Já os candidatos a qualquer cargo não podem comparecer a inaugurações de obras públicas. Essa norma é uma novidade trazida pela Lei 12.034/09 (minirreforma eleitoral). A regra anterior proibia apenas a presença de candidatos aos cargos do Poder Executivo.
Os agentes públicos cujos cargos estarão em disputa não podem fazer pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. A única exceção para pronunciamento é no caso de, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.
Segundo o TSE, os candidatos também não podem autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, apenas em caso de grave e urgente necessidade pública, reconhecida pela Justiça Eleitoral. No entanto, pode ser realizada propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Marcos inicia atividades físicas no Palmeiras

A novidade do treinamento do Palmeiras desta sexta-feira ficou por conta da presença do goleiro Marcos, que iniciou as atividades físicas, dando prosseguimento à recuperação de uma artroscopia realizada no joelho esquerdo, no dia 16 de junho. Nesta semana, o arqueiro também já teve os primeiros contatos com bola.
Quem também fez uma leve corrida no gramado da Academia de Futebol foi o atacante Lenny, que está com uma lesão no joelho direito. O atleta sofreu a contusão há três meses. O restante do elenco participou de um treino tático comandado pelo auxiliar técnico Flávio Murtosa e o treinador interino Jorge Parraga.
O Palmeiras fará mais um treinamento neste sábado, que será preparatório para o amistoso contra o XV de Piracicaba. O jogo acontecerá no domingo, às 16h, no Estádio Barão de Serra Negra, na cidade onde o clube do interior paulista está sediado.
Corinthians acerta permanência do zagueiro Paulo André

A diretoria do Corinthians confirmou nesta sexta-feira a permanência do zagueiro Paulo André, que atuava emprestado pelo Le Mans, da Segunda Divisão da França. O clube francês liberou o atleta, que deverá ter seus direitos adquiridos pelo time brasileiro.
O Corinthians deverá envolver na transação algum jogador da base. Além disso, o Le Mans teria direito a uma porcentagem sobre uma futura transferência de Paulo André, reserva imediato de Chicão e William.
Já o lateral-esquerdo argentino Sergio Escudero não joga mais pelo time paulista. E está de volta ao clube de onde veio. Nesta sexta, o Corinthians anunciou que o jogador foi emprestado para o Argentinos Juniors, seu time de origem, que é o atual campeão nacional.
Após um ano e meio de lesões e atuações apagadas no Corinthians, Escudero terá nova chance na Argentina. O lateral-esquerdo atuou em 13 jogos e foi dispensado pelo técnico Mano Menezes.
Testemunhas reconhecem roupas de Eliza em sítio de goleiro de Bruno
BELO HORIZONTE - A Polícia Civil mineira informou nesta sexta-feira, 2, que roupas femininas ou vestígios delas encontradas no sítio do goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, estão sendo reconhecidas por testemunhas como pertencentes a Eliza Samudio. Durante a perícia realizada no início da semana no imóvel localizado no condomínio Turmalina, em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram recolhidas também fraldas e uma passagem aérea. Bruno é o principal suspeito no inquérito que apura o desaparecimento da jovem de 25 anos, com quem teria um filho de 4 meses, fruto de uma relação extraconjugal. O goleiro nega envolvimento no caso.
Oficialmente, a polícia informa que as evidências de que a jovem esteve no local foram colhidas na perícia e com base no depoimento de uma testemunha - que supostamente trabalha em residência vizinha ao sítio - que afirmou ter visto Eliza na área da piscina do sítio junto com Bruno e outros dois amigos.
Os responsáveis pelo inquérito trabalham com a hipótese de que a jovem tenha sido assassinada, mas ainda buscam provas do suposto crime. A denúncia dizia que ela teria sido espancada e suas roupas queimadas. O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação, disse que Bruno poderá ser convocado em breve para prestar depoimento. "Este momento está próximo."
A assessoria de imprensa da Polícia Civil não confirmou a informação de que o administrador do sítio do goleiro do Flamengo tenha admitido a presença de Eliza na propriedade do jogador. Elenilson Vitor da Silva prestou depoimento que avançou pela madrugada de ontem. No dia anterior ele havia registrado queixa de um furto no sítio. No primeiro depoimento que concedeu, Elenilson, a exemplo de outros empregados ou pessoas próximas a Bruno, afirmou que não tinha visto Eliza no local. Após cerca de cinco horas de interrogatório, o administrador deixou o Departamento de Investigações com o rosto coberto, sem dar declarações. A delegada Alessandra Wilke considerou que o novo depoimento acrescentou elementos importantes ao inquérito, mas evita dar detalhes.
Conforme depoimentos, o goleiro esteve em seu sítio do dia 6 ao dia 10 do mês passado. Bruno alega que não vê Eliza há cerca de dois meses. A jovem cobrava dele na Justiça o reconhecimento da paternidade do filho.
Ligações. Os delegados responsáveis pelo inquérito tentam preservar as investigações, mantendo informações sob sigilo. As ligações feitas por Eliza no período investigado, entre os dias 04 e 10 de junho, estão sendo mapeadas e confrontadas com depoimentos prestados pelos suspeitos e testemunhas. A Justiça mantém sob segredo informações sobre o pedido de quebra de sigilo telefônico em relação a Bruno e outros suspeitos. Entre os investigados está um suposto traficante de Ribeirão das Neves, também na região metropolitana da capital mineira. Conforme versão de uma testemunha, ele teria recebido R$ 70 mil para desaparecer com o corpo da jovem.
O Instituto de Criminalística já confirmou a presença de sangue na caminhonete Range Rover do goleiro. O próximo passo é saber se o sangue é mesmo humano. Neste caso, um exame de DNA poderá confirmar se seriam da ex-amante de Bruno.
Outro carro do jogador, um veículo New Beetle, que estava no Rio de Janeiro, também deverá ser periciado. O veículo teria sido utilizado por Luiz Henrique Ferreira Romão, mais conhecido como Macarrão, espécie de braço-direito do goleiro e um dos principais suspeitos. Macarrão foi apontado pelo próprio Bruno como o responsável por levar o levar o bebê para o sítio - no dia 07 de junho, segundo depoimentos coletados.
A polícia tem evidências que depois de o sumiço de Eliza vir à tona, Macarrão teria ordenado que a criança fosse escondida. O bebê foi localizado por policiais em uma casa no bairro Liberdade, em Contagem. Na ocasião, a mulher do goleiro, Dayane Souza, de 23 anos, foi presa em flagrante por subtração de incapaz. Ela responde em liberdade.
Premeditação. "As maiores evidências partem das contradições apresentadas pelo próprio suspeito", avaliou hoje o advogado Jader Marques, que representa o arquiteto Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza.
Segundo ele, a investigação sobre o sumiço da jovem não deve descartar a hipótese de crime premeditado. "Um dos caminhos que pode ser levantado é esse (de crime premeditado). Como já era uma situação esperada por ele (Bruno) e planejada, o fato de não encontrar o cadáver pode ser parte do plano em geral", afirmou
Denúncias. Marques, que possui escritório em Porto Alegre, deverá embarcar no domingo para a capital mineira. Ele pretende tomar ciência dos depoimentos colhidos até o momento. Cerca de 22 pessoas já foram ouvidas.
O pai de Eliza, por meio do advogado, oferece uma recompensa de R$ 5 mil a quem apresentar informações que contribuam com a investigação. O próprio Marques, porém, não tem certeza da eficácia da medida. "A gente tem de tentar movimentar a turma aí. Dizem que tem gente aí capaz de dar essa ajuda e não está querendo se meter."
Desde a divulgação do caso na mídia, pelo menos 42 ligações consideradas relevantes foram recebidas pelo serviço disque-denúncia (telefone 181) da polícia mineira.
Oficialmente, a polícia informa que as evidências de que a jovem esteve no local foram colhidas na perícia e com base no depoimento de uma testemunha - que supostamente trabalha em residência vizinha ao sítio - que afirmou ter visto Eliza na área da piscina do sítio junto com Bruno e outros dois amigos.
Os responsáveis pelo inquérito trabalham com a hipótese de que a jovem tenha sido assassinada, mas ainda buscam provas do suposto crime. A denúncia dizia que ela teria sido espancada e suas roupas queimadas. O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação, disse que Bruno poderá ser convocado em breve para prestar depoimento. "Este momento está próximo."
A assessoria de imprensa da Polícia Civil não confirmou a informação de que o administrador do sítio do goleiro do Flamengo tenha admitido a presença de Eliza na propriedade do jogador. Elenilson Vitor da Silva prestou depoimento que avançou pela madrugada de ontem. No dia anterior ele havia registrado queixa de um furto no sítio. No primeiro depoimento que concedeu, Elenilson, a exemplo de outros empregados ou pessoas próximas a Bruno, afirmou que não tinha visto Eliza no local. Após cerca de cinco horas de interrogatório, o administrador deixou o Departamento de Investigações com o rosto coberto, sem dar declarações. A delegada Alessandra Wilke considerou que o novo depoimento acrescentou elementos importantes ao inquérito, mas evita dar detalhes.
Conforme depoimentos, o goleiro esteve em seu sítio do dia 6 ao dia 10 do mês passado. Bruno alega que não vê Eliza há cerca de dois meses. A jovem cobrava dele na Justiça o reconhecimento da paternidade do filho.
Ligações. Os delegados responsáveis pelo inquérito tentam preservar as investigações, mantendo informações sob sigilo. As ligações feitas por Eliza no período investigado, entre os dias 04 e 10 de junho, estão sendo mapeadas e confrontadas com depoimentos prestados pelos suspeitos e testemunhas. A Justiça mantém sob segredo informações sobre o pedido de quebra de sigilo telefônico em relação a Bruno e outros suspeitos. Entre os investigados está um suposto traficante de Ribeirão das Neves, também na região metropolitana da capital mineira. Conforme versão de uma testemunha, ele teria recebido R$ 70 mil para desaparecer com o corpo da jovem.
O Instituto de Criminalística já confirmou a presença de sangue na caminhonete Range Rover do goleiro. O próximo passo é saber se o sangue é mesmo humano. Neste caso, um exame de DNA poderá confirmar se seriam da ex-amante de Bruno.
Outro carro do jogador, um veículo New Beetle, que estava no Rio de Janeiro, também deverá ser periciado. O veículo teria sido utilizado por Luiz Henrique Ferreira Romão, mais conhecido como Macarrão, espécie de braço-direito do goleiro e um dos principais suspeitos. Macarrão foi apontado pelo próprio Bruno como o responsável por levar o levar o bebê para o sítio - no dia 07 de junho, segundo depoimentos coletados.
A polícia tem evidências que depois de o sumiço de Eliza vir à tona, Macarrão teria ordenado que a criança fosse escondida. O bebê foi localizado por policiais em uma casa no bairro Liberdade, em Contagem. Na ocasião, a mulher do goleiro, Dayane Souza, de 23 anos, foi presa em flagrante por subtração de incapaz. Ela responde em liberdade.
Premeditação. "As maiores evidências partem das contradições apresentadas pelo próprio suspeito", avaliou hoje o advogado Jader Marques, que representa o arquiteto Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza.
Segundo ele, a investigação sobre o sumiço da jovem não deve descartar a hipótese de crime premeditado. "Um dos caminhos que pode ser levantado é esse (de crime premeditado). Como já era uma situação esperada por ele (Bruno) e planejada, o fato de não encontrar o cadáver pode ser parte do plano em geral", afirmou
Denúncias. Marques, que possui escritório em Porto Alegre, deverá embarcar no domingo para a capital mineira. Ele pretende tomar ciência dos depoimentos colhidos até o momento. Cerca de 22 pessoas já foram ouvidas.
O pai de Eliza, por meio do advogado, oferece uma recompensa de R$ 5 mil a quem apresentar informações que contribuam com a investigação. O próprio Marques, porém, não tem certeza da eficácia da medida. "A gente tem de tentar movimentar a turma aí. Dizem que tem gente aí capaz de dar essa ajuda e não está querendo se meter."
Desde a divulgação do caso na mídia, pelo menos 42 ligações consideradas relevantes foram recebidas pelo serviço disque-denúncia (telefone 181) da polícia mineira.
No jantar da seleção, Julio Cesar pede a palavra e faz homenagem a Dunga

A chegada da delegação da seleção brasileira no Protea Hotel Marine, em que foram recebidos com aplausos pelos funcionários, foi feita em clima de tristeza, que prosseguiu durante o jantar. Segundo relato publicado no site oficial da CBF, o abatimento dos jogadores era visível. Ninguém trocou uma palavra no jantar, que transcorreu em absoluto silêncio. O técnico Dunga demorou um pouco a se juntar à mesa aos companheiros de comissão técnica.
O goleiro Julio Cesar, então, pediu a palavra e fez um discurso emocionado. Agradeceu, em nome dos jogadores, ao técnico Dunga pela oportunidade de disputar a Copa do Mundo e acrescentou que todos desejavam muito ganhar o hexacampeonato, para retribuir a confiança do técnico.
Julio Cesar disse ainda que Dunga poderia levar da África do Sul a certeza de que, nesses quatro anos de trabalho com a seleção, conseguiu formar um grupo que permanecerá unido para sempre.
“Você conseguiu formar um grupo de amigos, de irmãos. Queríamos ganhar muito esse hexa para você”, finalizou o goleiro, muito aplaudido pelos companheiros.
A derrota de virada por 2 a 1 sofrida nesta sexta-feira para a Holanda nas quartas de final eliminou a seleção brasileira desta Copa do Mundo.
Mão na bola no último segundo recoloca Uruguai na semifinal da Copa após 40 anos

Uma partida nunca foi tão dramática. No último segundo, Luis Suarez colocou a mão na bola, dentro da área. Foi expulso. Em qualquer outra situação, seria o vilão. Mas ele se tornou o herói da classificação do Uruguai para sua primeira semifinal de Copa do Mundo em 40 anos.
O lance aconteceu no último segundo da prorrogação. O gol de Gana era certo. O pênalti, a última alternativa. Quando Asamoah Gyan bateu, os uruguaios já choravam. Mas ele acertou a trave. O jogo foi para os pênaltis e a camisa da Celeste Olímpica pesou.
Muslera pegou os pênaltis de Mensah e Adiyiah. Maxi Pereira ainda perdeu. E coube a Loco Abreu marcar o gol da vitória. E ele provou que o apelido não é à toa. Com toda a responsabilidade de um bicampeão mundial que nos últimos anos tinha perdido o status de potência nos ombros, cobrou com categoria, por baixo. A bola entrou devagar no gol de Gana.
O resultado foi surpreendente. Quando a primeira etapa do tempo regulamentar terminou, pouca gente no Uruguai apostaria na Celeste Olímpica. Diego Lugano, seu capitão e maior referência defensiva, tinha se machucado pouco antes. E Muntari, com a ajuda da inexplicável bola jabulani, tinha feito 1 a 0 para Gana nas quartas de final da Copa do Mundo.
Mas os uruguaios não desistiram. E o nome da reação foi Diego Forlán, que superou o pai, o lateral Pablo Forlán, que só chegou às oitavas com a seleção. Graças a ele, o mito da Celeste Olímpica, o time que venceu as Copas do Mundo de 1930 e 1950, reviveu.
O atacante tem faro de gol fora do comum. Foi, por duas vezes, o maior artilheiro da temporada no futebol europeu. Mas, aos 31 anos, assumiu uma nova personalidade com a camisa da Celeste. Com a boa fase do jovem Luís Suarez, virou quase um meio-campista, atuando como armador de jogadas, não como definidor.
A marcação ganense, no entanto, anulou o novato. E o veterano, que tinha passado quase incógnito em sua última Copa, em 2002, resolveu assumir o papel que todos imaginavam que seria dele. Logo no início do segundo tempo, bateu uma falta com força. Usou o “efeito jabulani”. A bola enganou o goleiro Kingson e entrou. Com o jogo empatado, a tradição uruguaia fez a diferença.
Em campo, os sul-americanos personificaram o melhor estilo de seu continente. Após um primeiro tempo apático, em que foram completamente dominados por Gana - os únicos lances de perigo para o Uruguai nos primeiros 45 minutos aconteceram no início do jogo, até os 15min –, a partir do segundo tempo o jogo mudou. A seleção de Oscar Tabarez foi aguerrida, brigou pelos lances, não desistiu.
Manteve o 1 a 1 no placar em um lance de raça. Aos 15min do 2º tempo da prorrogação, em bola lançada na área, Gana quase marcou duas vezes. A primeira foi desviada com o joelho. A segunda, com as mãos de Suarez. E, nos pênaltis, garantiu a vaga na semi. O rival será a Holanda, que eliminou o Brasil. A partida está marcada para a próxima terça-feira, às 15h30, na Cidade do Cabo.
O resultado acaba com os sonhos não só de Gana, mas de todo o continente africano. Pela primeira vez organizando o Mundial, a vontade de todos os africanos era assistir, pela primeira vez, a um representante próprio jogar as semifinais do torneio.
E o time montado pelo técnico sérvio Milovan Rajevac parecia montado especialmente para isso. Era experiente, tinha a maioria de seus atletas atuando na Europa e um esquema de jogo cauteloso, defensivo, mas com força no ataque. Asamoah Gyan, um tanque de 1,86m, somava três gols na competição e era um perigo para os uruguaios.
Além disso, sabia vencer. Conquistou o Mundial sub-17 duas vezes e o sub-20, uma - no ano passado, bateu o Brasil de Paulo Henrique Ganso na final. O país também foi vice-campeão de Mundiais menores quatro vezes. Os ganenses, no entanto, ainda não conseguiram a transição. Para eles, ainda é um desafio jogar contra a elite mundial.
Brasil perde a cabeça após gol e é eliminado pela Holanda na Copa do Mundo

A Copa do Mundo acabou para o Brasil. E pela segunda vez seguida nas quartas de final. Dunga recuperou o brio que faltou à equipe de 2006, mas foi pouco. Vontade não basta para ser campeão. A seleção fez um primeiro tempo empolgante, mas um segundo tempo patético, repleto de erros infantis e descontrole emocional.
A Holanda soube aproveitar, venceu de virada por 2 a 1 e deu o troco pelas eliminações de 1994 e 1998. Ao Brasil resta lamentar. Mais um ciclo acabou sem troféu. Serão mais quatro anos de espera para, em casa, buscar nova redenção. Até lá, o sentimento será de decepção.
As duas bolas cruzadas dos gols da Holanda farão Julio Cesar e o restante da defesa ter noites de insônia. O ponto forte da seleção brasileira de Dunga sempre foi o setor defensivo, a retaguarda comandada por Juan e Lúcio. Mas a Holanda ignorou o histórico, os defensores e virou o jogo em Port Elizabeth.
Aí o que se viu foi o velho problema da equipe de Dunga. A falta de soluções ofensivas. Robinho se destacou no primeiro tempo, mas sumiu no segundo. Kaká mostrou que ainda não está 100% e que jogou a Copa “baleado”. Ele se esforçou. Muitos se esforçaram. Mas só esforço não ganha Copa do Mundo.
O descontrole emocional também entrou em campo e foi decisivo. Felipe Melo, autor da bela assistência do gol brasileiro, foi a prova disso. O volante não se conteve, como prometeu, e prejudicou o Brasil no segundo tempo com sua expulsão aos 28min. A seleção passou a fazer cara feia, a brigar em campo. Mas só cara feia não ganha Copa do Mundo.
Dunga conquistou tudo que disputou desde que assumiu. Levou a Copa América, a Copa das Confederações e classificou nas eliminatórias em primeiro lugar. Mas no grande teste o técnico fracassou. Depois de tantos treinos fechados, faltaram soluções táticas. E também opções no banco de reservas. Principalmente na armação. Júlio Baptista e Ramires não estão prontos para isso. São apenas soldados. Mas só soldados não vencem guerra nenhuma.
Talvez o treinador tenha perdido tempo demais brigando com a imprensa. Acabar com os privilégios e deixar a seleção concentrada foi seu acerto, mas para construir isso o treinador pegou o caminho do conflito contra tudo e contra todos.
Em 2006, a seleção caiu nas quartas de final diante da França com a imagem de uma equipe apática, sem amor à camisa. Desta vez, o time que tanto brigou deixou como última impressão a total desorganização nos minutos finais. O último ataque da Holanda parecia roda de bobinho. E dentro da área do Brasil. Muitos jogadores ficaram no ataque só olhando.
A seleção que já virou partidas importantes com Dunga não mostrou esse poder no momento em que mais precisou. No primeiro jogo da Copa em que ficou em desvantagem, o Brasil se perdeu. Faltou concentração. Faltou eficiência. E faltou a criação. A habilidade e o improviso que ameaçaram aparecer no primeiro tempo não voltaram do intervalo. O time burocrata fracassou. Sobrou união, mas faltou futebol. Fica a lição para 2014.
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