
Um campeão que não brilha e não inspira ninguém. A Azzurra novamente pareceu ofuscada e sem o peso da camisa dona de quatro títulos mundiais. Neste domingo, a equipe comandada por Marcello Lippi voltou a decepcionar e ficou apenas no empate por 1 a 1 com a modesta Nova Zelândia, em Neilspruit. Desta forma, aumentou a apreensão em torno da equipe na África do Sul e viu sua situação se complicar no grupo F.
A Itália não pecou por falta de tentativas. Dominou mais de 60% da posse de bola e foi toda para o ataque. Apesar disso, deixou o sentimento de um time que simplesmente não encaixou. E as dificuldades do jogo desta tarde evidenciaram tal panorama. Depois de sair atrás no placar, a equipe de Marcello Lippi chegou ao empate em cobrança de pênalti de Iaquinta, mas não conseguiu a virada após uma série de investidas.
Não bastassem os problemas dentro de campo, a Itália tem que manter grande preocupação em torno da vaga nas oitavas de final. Tanto a seleção europeia como a da Oceania somam dois pontos, atrás do líder Paraguai, que tem quatro. Com isso, as duas vagas na próxima fase seguem abertas.
O duelo deste domingo começou com um enredo similar ao da estreia da Azzurra. Ícone da segurança e marcação italiana, o capitão Fabio Cannavaro voltou a falhar em uma jogada aérea e viu a Nova Zelândia sair na frente logo aos 6min, com gol de Smeltz.
Depois disso, o jogo virou praticamente um treino de ataque contra defesa. De forma desordenada, a equipe tetracampeã mundial foi para cima de todas as maneiras. Arriscou chutes de longe, de perto, tentou pelo alto e por baixo. Até que aos 28min, Iaquinta se aproveitou se pênalti em De Rossi e deixou tudo igual. Era o que a Itália precisava para se acalmar e seguir em busca da virada no segundo tempo.
Insatisfeito com o resultado, Marcello Lippi promoveu as entradas de Camoranesi e Di Natale no intervalo. Mas as alterações não mudaram o panorama do jogo e nem os avanços sem muita organização da Azzurra. Organização, aliás, foi o que não faltou à modesta Nova Zelândia, que se apegou à vontade na defesa para conter os avanços dos campeões mundiais.
O goleiro Paston, heroi da classificação do país nas eliminatórias, também se destacou com boas defesas. Conforme o duelo se aproximou do apito final, a Itália passou a abusar dos cruzamentos, mas os méritos foram para a seleção da Oceania, que somou seu segundo ponto em uma Copa do Mundo apesar de ocupar apenas a 78ª posição no ranking da Fifa.

Quem assistiu à estreia do Paraguai na Copa do Mundo da África do Sul, quando empatou em 1 a 1 com a Itália, não deve ter reconhecido o time neste domingo, em Bloemfontein. A equipe deixou a retranca da primeira rodada para trás e venceu a Eslováquia por 2 a 0.
Mesmo com o placar pouco dilatado, o time paraguaio foi ofensivo na maior parte do tempo e não teve problemas para vencer os europeus. Agora com quatro pontos, o time vai bem para a última rodada. Na próxima quinta-feira, fecha sua participação na primeira fase precisando apenas de um empate conta a Nova Zelândia para ir às oitavas de final.
O Paraguai partiu para cima desde os primeiros minutos. Se na estreia diante da Itália a defesa foi a principal arma do time, contra os eslovacos, a equipe paraguaia apostou na ofensividade que foi sua marca nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.
Com três homens de frente – Barrios, Valdez e Santa Cruz – e mais os meio-campistas aparecendo como fator surpresa, o Paraguai ia ao ataque com toques rápidos e envolventes e chutando sempre com perigo ao gol do arqueiro eslovaco Mucha.
E foi exatamente dessa forma que os sul-americanos abriram o placar. Barrios conseguiu se livrar bem da marcação adversária, fazendo o pivô na entrada da área e tocando para Vera, que mesmo sob forte marcação, tocou de três dedos para marcar.
Mas mesmo com essa revolução tática, o Paraguai não abriu mão de uma marcação qualificada. Com isso, a Eslováquia ficava apenas com o contra-ataque e mesmo assim tinha poucas chances de usar essa arma. Jogadores eslovacos que brilharam no primeiro jogo, principalmente o meia Weiss, sofriam para chegar ao ataque.
A Eslováquia até chegou a esboçar uma reação no segundo tempo. Voltou do intervalo tocando um pouco melhor a bola, ficando mais com ela e se movimentando mais próximo do gol paraguaio. Mas esse domínio durou apenas 15min, quando o time de vermelho e branco voltou a dominar.
No final da partida, o Paraguai ainda diminuiu muito o seu ritmo de jogo. Tocando fácil a bola no meio, ia à frente apenas quando tinha certeza de uma boa jogada e foi assim que o segundo gol saiu. Após jogada envolvente, Riveros deu números finais ao placar.
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