O Comitê Municipal de Planejamento de Jerusalém aprovou nesta segunda-feira um plano para demolir 22 casas palestinas no leste da cidade, de acordo com o jornal israelense Haaretz.
A demolição visa abrir espaço para um centro turístico. Os palestinos temem que este plano aumente ainda mais o controle dos israelenses no setor leste da cidade.
O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, pediu ao comitê municipal pela aprovação preliminar do plano, que deve afetar o bairro de Silwan.
Barkat apresentou o plano há meses, mas tinha concordado com um pedido do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, de consultar os moradores palestinos da região antes de colocar o plano em prática.
O negociador chefe palestino, Saeb Erekat, afirmou que este plano para o bairro de Silwan é uma medida perigosa que requer intervenção internacional.
Vários advogados representantes dos moradores do bairro que serão afetados também se manifestaram contra o plano do comitê municipal, de acordo com o Haaretz.
A demolição de casas palestinas sob ordens israelenses já provocou uma reação dura dos Estados Unidos antes, que afirma que estas medidas podem prejudicar o processo de paz do Oriente Médio.
A parte leste de Jerusalém, a qual os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado, foi ocupada por Israel durante a guerra de 1967 e posteriormente anexada.
Israel vê Jerusalém como sua capital "única e indivisível", e até hoje vem se negando a discutir a possibilidade de negociar sua divisão com os palestinos.
Cerca de 500 mil judeus vivem em mais de cem assentamentos construídos por Israel em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia desde 1967. Eles são considerados ilegais por uma resolução da ONU, a qual Israel contesta.
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